Voltando para Carvão aceso, do escritor Aderbal Bastos Barroso, o que significa então: doloridas lembranças que habitam a sua existência e afloram de uma vida inteira. Reminiscências? Quase isso. Busco no dicionário opções e encontro o exato para Carvão aceso: memórias. Encontro também traços para o perfil do autor. Um memorialista! Pessoa que cuida da reconstrução de uma história. Perfeito.
Na sua apresentação, logo de saída, encontramos “brasas” deste carvão aceso que são pertinentes para a compreensão de toda a obra: “desde a minha mais remota infância” e, mais adiante, “coisas que foram ficando na minha memória” remetem ao que até agora penso ser Carvão aceso.
Foi seu avô – dono de suas primeiras dúvidas – que iniciou o mantra do fio condutor. Uma coisa puxa outra e só agora, depois de muitos anos, é que pôde juntar os pedaços, justifica. Partes disso e daquilo, no caleidoscópio das suas incompletas percepções. Metades rompidas da infância e da adolescência, que avançou no tempo. Um sobrevivente! E então – na quase reconstrução – deu-se ao fogo e ao fogaréu.
João Scortecci
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Dados técnicos:
Aderbal Bastos Barroso
Scortecci Editora
Ficção
ISBN 978-85-366-5931-2
Formato 14 x 21 cm
96 páginas
1ª edição - 2019
Scortecci Editora
Ficção
ISBN 978-85-366-5931-2
Formato 14 x 21 cm
96 páginas
1ª edição - 2019