65º Prêmio Jabuti terá Sandra Annenberg e Ernesto Paglia como mestres de cerimônias - 05.12.2023

O 65º Prêmio Jabuti, a mais importante premiação nacional do livro, terá como mestres de cerimônias os jornalistas Sandra Annenberg e Ernesto Paglia, ambos da Rede Globo. A entrega das estatuetas desta edição acontece no dia 5 de dezembro de 2023, terça-feira, às 20h, para convidados, no Theatro Municipal de São Paulo. No total, a premiação contou com 4.225 obras inscritas, que mostram o tamanho do prêmio e da literatura brasileira. 

Sandra Annenberg tem carreira jornalística de destaque sendo reconhecida por sua atuação como apresentadora e repórter em diversos programas da Rede Globo, onde também foi âncora e editora executiva do Jornal Hoje. Atualmente, apresenta o Globo Repórter. 

Ernesto Paglia, igualmente respeitado no campo do jornalismo, foi repórter especial e fez a cobertura jornalística de eventos nacionais e internacionais significativos em sua extensa carreira.  

A experiência e o carisma de ambos prometem tornar a cerimônia do Prêmio Jabuti um evento memorável, destacando a importância da literatura e da cultura no Brasil. Será a primeira vez que eles apresentarão juntos uma cerimônia de entrega de prêmios. 

Na ocasião, serão conhecidos os vencedores das 21 categorias do Prêmio – distribuídos em quatro eixos: Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação – e o Livro do Ano. O evento também será transmitido pelo canal oficial do Youtube da CBL e também pelo TikTok do Prêmio Jabuti. 

Nesta edição, Hubert Alquéres é o responsável pela curadoria do Prêmio Jabuti. Atuante nas áreas de cultura e educação há mais de 40 anos, tem uma história antiga com o mais importante prêmio do livro brasileiro: durante seis anos, coordenou a Comissão do Prêmio Jabuti na Câmara Brasileira do Livro (CBL). 

A novidade de 2023 é a nova categoria, Escritor Estreante, que será voltada a autores que tenham publicado sua primeira obra em língua portuguesa no Brasil, no período entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2022. O livro deve ser Romance de Entretenimento ou Romance Literário. Outro destaque desta edição é para o vencedor da categoria Livro do Ano, que além de ser contemplado com a estatueta dourada, receberá o valor de R$ 70 mil e, de forma inédita, uma viagem para a próxima Feira do Livro de Frankfurt, com uma agenda especial elaborada pela CBL para reuniões com editores, agentes literários e outros escritores do mundo todo. 

Realizado desde 1958, o Prêmio Jabuti consolidou-se como a mais importante premiação nacional do livro e é referência no mercado editorial brasileiro. Patrimônio cultural do país, o Prêmio é responsável por reconhecer e divulgar a potência da produção nacional, com a valorização de cada um dos elos que formam a cadeia do livro, dialogando com os diversos públicos leitores e, junto com eles, assimilando as mudanças da sociedade. 

Acesse o site PRÊMIO JABUTI para conferir todos os detalhes da 65ª edição.


Para mais informações:

Assessoria de imprensa
Danthi Comunicação Integrada
Andréia Lopes – (21) 97116-7438 andreia.lopes@danthi.com.br
Ana Paula Fonseca – (11) 98696-7212 anapaula@danthi.com.br
Cristina Alves -- (21) 98160-0311 cristina@danthi.com.br

Ler Mais

Escritor se inspira no Espiritismo para abordar dependência química e saúde mental de adolescentes

Em “O Bonequinho”, Paulo Leme Filho, dependente químico em abstinência há 27 anos, chama a atenção para glamourização de comportamentos que propiciam o sofrimento mental. A união da experiência de participar de grupos de apoio como Alcoólicos e Narcóticos Anônimos com os princípios da Doutrina Espírita resultaram no mais novo livro do advogado e escritor Paulo Leme Filho, “O Bonequinho”, que chega agora às livrarias e sites pela Scortecci Editora.

O lançamento acontece no dia 7 de dezembro de 2023, às 19h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo. Os valores arrecadados com a venda dos exemplares serão destinados à Federação Espírita do Estado de Goiás, onde o autor mantém laços de amizade com trabalhadores de diferentes centros espíritas.

Glamurização do álcool

Em “O Bonequinho”, o autor se utiliza das ferramentas que mais marcaram sua vida para superar suas maiores dificuldades: a experiência advinda da frequência a grupos como os de Alcoólicos e Narcóticos anônimos, aliada ao estudo da Doutrina Espírita.  Com grande talento, aborda a questão das drogas, incluindo o álcool, de forma, clara, objetiva e convidativa para a leitura, propondo diversas reflexões aos leitores, sobretudo sobre ações de prevenção, não somente do uso de drogas, mas de depressão, bullying, automutilação e suicídio, em especial entre os mais jovens.

Há uma glamourização sofisticada ornamentando a publicidade do álcool — que mistura sensualidade, liberdade e alegria. É olhar para as propagandas em que uma eterna juventude namora, festeja e, dando graças aos céus, comemora aquelas poucas horas de libertação dos dias anteriores do trabalho em horário comercial, feito por obrigação. Todos queremos ser assim — e é quase consequência necessária do viver que experimentemos bebidas alcoólicas”.

Acredito que a experiência de quem precisou se encarar em um contexto de dependência química pode ser aproveitado para a superação de outras dificuldades não menos graves, como as que vemos atualmente entre crianças e adolescentes”, ele acrescenta. “

Prossegue o advogado: “No Brasil, entre 2.016 e 2.021, o suicídio aumentou em 45% na faixa entre 10 e 14 anos de idade - e só na cidade de São Paulo, todos os dias, dez jovens de até 19 anos automutilam-se ou tentam acabar com a própria vida (muitas vezes, infelizmente, o conseguindo). É preciso olhar para isso e reconhecer que estamos falhando como sociedade”.

Segundo a Doutrina Espírita, o atual momento da Terra é de mundo provas e expiações - que servem justamente para serem superadas.  Há, portanto, uma razão para tudo o que nos acontece. Não é diferente com a dependência química ou qualquer outro problema.

Como superar o vício

Paulo Leme mostra também a importância do esforço pessoal para a superação dos vícios.  “Não existe superação sem esforço. E sem confiança no desfecho desse esforço, a tendência é desistir. É preciso, portanto, saber o porquê das coisas e as consequências de se adiar mudanças de comportamentos. A Doutrina Espírita é de excepcional clareza para tratar dessas questões”.

Sobre o título do livro, o autor explica que se trata da “autoimagem” de cada adicto, que vai se modificando na medida em que o uso das drogas vai se intensificando. “Nossa experiência pessoal, acrescida de outras que testemunhamos ao longo de alguns anos de recuperação, nos mostra que, sob a insanidade, ninguém se enxerga do modo em que irá se enxergar quando estiver em abstinência. E aquilo que na abstinência será visto dificilmente irá agradar ao paciente”.

“O segredo”, prossegue, “é saber como desconstruir esse bonequinho”.

O autor observa ainda que “Alcoólicos Anônimos tem um trabalho primoroso em termos de autoconhecimento, o qual, respeitadas as características e possibilidades próprias, pode e deve ser aprimorado para ajudar os jovens, independentemente do abuso de drogas ou álcool”.

“A Doença do Alcoolismo”

Em meio a uma sociedade repleta de preconceitos em que todos buscam aparentar segurança, sucesso e felicidade, o autor e seu pai, Paulo de Abreu Leme, lançaram em 2015 o livro “A Doença do Alcoolismo”, onde expunham sua compreensão sobre a doença, mas também suas próprias experiências. Em abstinência, respectivamente desde 1989 e 1996, o livro chamou a atenção pelo ineditismo da situação dos próprios autores, por se tratar de pai e filho.

Ao falecer em 2022, o pai deixou uma mensagem simples e direta: nunca se conformar e jamais ter medo de lutar por aquilo que acredita. Leme Filho acredita que não pode ter medo de contribuir com o que lhe cabe: trazer para o debate público questões que dizem respeito às dificuldades que atingem, em especial os mais jovens com base em sua própria experiência e aprendizado.  

Alcoolismo, Covid-19 e violência

Em “O Bonequinho”, o autor lembra que o consumo de álcool aumentou nos anos da Covid-19, como estudiosos do assunto e a Organização Mundial da Saúde (OMS). “Curiosamente, a violência contra as mulheres também aumentou durante a pandemia: algo próximo a 50% no Estado de São Paulo — o que não é de surpreender, já que, muito embora pesquisas atribuam metade dos casos de violência doméstica à doença do alcoolismo, as autoridades que pelejam no dia a dia dessa tragédia chegam a falar que de 80% a 90% dos casos têm essa causa. Mais álcool, mais violência contra a mulher”, relata um dos trechos da obra.

Dependência química cada vez mais cedo

No Brasil, as crianças se iniciam no hábito de beber, em média, aos 12 anos de idade. O quadro se agrava à medida em que começam a chegar ao mercado drogas como o fentanil e as da chamada "família K" - de potencial viciante superior ao do crack.

"A dependência química não escolhe sexo, idade ou condição financeira ou social. Não é mais um problema isolado, o qual pode se varrido para debaixo de um tapete. Assim como tantos outros problemas, só haverá uma superação quando houver solidariedade por parte de toda a sociedade", diz o advogado.

Para ele, é igualmente necessário olhar para sofrimento mental dos jovens - imersos, não raro, num mundo irreal de redes sociais. "Não é possível ver com naturalidade o aumento dramático dos casos de bullying, automutilação e suicídios entre crianças e adolescentes. É preciso aproveitar o que o Espiritismo e a recuperação da dependência química têm a nos ensinar para enfrentar esse assunto", completa.

Sobre o autor 

Paulo Leme Filho, paulistano de 52 anos, é graduado em Direito pela USP, com MBA em Gestão da Saúde pela FGV-SP. Advogado militante e pai de dois filhos, ele escreveu, junto com seu pai, Paulo de Abreu Leme, o livro “A Doença do Alcoolismo”, lançado em 2015. Em abstinência absoluta de álcool e outras drogas há 27 anos, Paulo se converteu ao espiritismo em março de 2020. Hoje divide seu tempo entre a convivência com os filhos, a atividade profissional, a realização de trabalhos no campo assistencial e o estudo da Doutrina Espírita.         


“O Bonequinho” – Paulo Leme Filho
Scortecci Editora
Lançamento no dia 7 de dezembro de 2023 – 19h30
Local: Livraria Cultura - Avenida Paulista, 2073 - Conjunto Nacional
São Paulo/SP.

MAIS INFORMAÇÕES:

Christiane Beller
Ecco - Escritório de Consultoria e Comunicação
Telefone: (11) 3888-1144
E-mail: christiane@ecco.inf.br
www.ecco.inf.br

COMPRAR

Ler Mais

PROSA DE LEITORA SOBRE LIVROS, AUTORES E OUTROS ACEPIPES – Maria Mortatti



Maria Mortatti
, poeta, escritora e professora universitária, lança o volume 1 de seu novo livro de crônicas, Prosa de leitora – Sobre livros, autores e acepipes, publicado pela Scortecci Editora.

Nesse volume, estão reunidos 54 textos breves escritos entre fevereiro e julho de 2023. Os assuntos são variados, mas com eixo temático comum no campo das letras e das humanidades, tais como: livros, autores, literatura, língua, leitura, escrita, leitores, bibliotecas e afins. A motivação e a inspiração são também variadas. Talvez caiba classificá-los como crônicas, esse gênero híbrido ou múltiplo que pode assumir formas diferentes, a partir de uma visão pessoal e subjetiva do que se quer contar.

A intenção não é outra senão a divulgação literária, cultural e científica, destinada a todos os que têm curiosidade em conhecer os assuntos abordados, mas dispõem de pouco tempo para leitura ou estão menos habituados a textos desse tipo. É o que a autora oferece como acepipes para degustação, em comedidas porções a aguçarem o apetite para os pratos principais, apenas apresentados nessa coletânea miscelânea em forma de agradável prosa de leitora. Nas palavras do prefaciador, João Scortecci, um livro escrito “com airosidade e clareza de pensamento. Tudo, tudo mesmo, está lá, dito e redito no âmago do texto: alma e espírito.” 

Maria Mortatti nasceu em 1954, na cidade de Araraquara/SP. É poeta, escritora e professora titular na Unesp – Universidade Estadual Paulista – campus de Marília. É licenciada em Letras, mestre e doutora em Educação, livre-docente em Alfabetização e presidente emérita da Associação Brasileira de Alfabetização. Atuou como professora de língua portuguesa e literatura na rede pública estadual de ensino e ingressou como docente e pesquisadora na Unesp em 1991.

Além de contribuir para a formação de milhares de professores e dezenas de pesquisadores, é autora de mais de uma centena de publicações, entre livros, artigos e ensaios sobre história da educação, alfabetização e ensino de língua e literatura, de textos literários publicados em revistas e antologias, no blog Literatura & Educação e nos livros: Breviário amoroso de Sóror Beatriz – poemas (2019), pela editora Patuá; e, pela Scortecci Editora, a trilogia Essa Mulher – Mulher Emudecida, Mulher Umedecida, Mulher Enlouquecida – ; Amor a quatro mãos; e O primeiro livro de Arthur. Recebeu o 54º. Prêmio Jabuti – Educação, da Câmara Brasileira do Livro, em 2012, pelo livro Alfabetização no Brasil: uma história de sua história.

SERVIÇO

Prosa de leitora – Sobre livros, autores e outros acepipes – crônicas – Maria Mortatti

Prefácio de João Scortecci

Scortecci Editora - Crônicas - Formato 14 x 21 cm - 1ª edição - 2023 - 220 páginas

ISBN: ISBN 978-85-366-6563-4 

Lançamento: 02 de dezembro de 2023, das 18h às 20h30

Local: Espaço Scortecci – Rua Dep. Lacerda Franco, 96 – Pinheiros – São Paulo/SP 

Mais informações: 

Livraria Scortecci 

Maria Mortatti: mariamortatti@gmail.com 

Ler Mais

“A Potência da Liderança Consciente”, de Daniel Spinelli

Obra da Editora Gente ensina habilidades para aqueles que exercem um papel de liderança em um mundo com mudanças sem precedentes, aceleradas pela tecnologia no ambiente de trabalho; metodologia reúne práticas que ainda são incomuns nas organizações

São Paulo, novembro de 2023 - Quando olhamos para os crescentes índices de transtornos mentais - como depressão, estresse e burnout - entre aqueles que dedicam suas carreiras ao mundo organizacional, percebemos que estamos diante de um momento histórico vivido pelas pessoas e empresas em todo o mundo. As organizações estão enfrentando um importante chamado para atuar com um novo nível de consciência, o que só é possível se forem norteadas pelas práticas dos seus times de líderes.

Frente ao cenário, Daniel Spinelli, que há mais 20 anos se dedica ao desenvolvimento humano nas organizações, lança “A Potência da Liderança Consciente”, pela Editora Gente. “A obra chega com a missão de ser uma convocação para que líderes com disposição de acessar suas essências humanas - talvez até espirituais - tragam seu coração para o trabalho e se manifestem a partir de propósitos e valores mais nobres”, afirma o autor. Consideradas “o código secreto para uma nova liderança”, tais capacidades prometem mudar o resultado de líderes, colaboradores e empresas como um todo. 

No decorrer das páginas, um conjunto de práticas de liderança, que coloca o humano como figura mais importante, é decodificado para o leitor aprender como: 

- A nova liderança precisa agir para obter sucesso no futuro das corporações;

- Se autoliderar para, então, administrar sua relação com os outros;

- Desenvolver habilidades para gerar pessoa com eficácia, autoridade e humanidade;

- Aplicar uma visão sistêmica de interdependência em sua atuação;

- Construir uma jornada de significado, resultados e lucros maravilhosos, ou seja, deixar um legado.

O cenário atual das organizações 

Negligenciar os transtornos mentais enfrentados por empresas e colaboradores pode comprometer drasticamente a longevidade e os próprios resultados dos projetos em médio e longo prazos. Ou seja, o tipo de cultura organizacional com baixo nível de consciência, não norteada pelas práticas das lideranças, está se mostrando insustentável, pois no decorrer do tempo as pessoas estão menos produtivas, menos criativas e cada vez mais doentes. 

“Líderes que não se atualizam com práticas mais modernas para trazer um tom mais humano à sua liderança contribuem não só para que haja pessoas e ambientes de trabalho de menor qualidade, mas também estão ajudando a cavar, paulatinamente, a cova da própria empresa. E, se olharmos para o ser humano que está exercendo a liderança, vemos também que não é raro encontrarmos tais profissionais enfrentando problemas psicoemocionais graves”, pontua Spinelli. 

Curiosidades e outras informações sobre a obra

Daniel Spinelli decidiu escrever o livro quando estava em meio a um período sabático nos himalaias indianos. Assim, a obra surgiu com um propósito de apoiar líderes que queiram desenvolver culturas fortes e saudáveis nas empresas e, ao mesmo tempo, entregar performance e resultado. Para isso, há uma fórmula e a obra tem a missão de disseminá-la.

Com o objetivo de fundamentar a metodologia, o autor e seu time de pesquisa desenvolveram um estudo com mais de 90 citações entre pesquisas, relatórios e outros livros sobre o tema para embasar a ideia central: o futuro do trabalho depende de uma liderança mais consciente, portanto mais humana. “Profissionais que entenderem esse chamado, estudarem a metodologia, desenvolverem essas habilidades e forem capazes de levar para a prática serão cada vez mais necessários nas organizações e terão um diferencial de carreira não só para si, mas para todas as pessoas à sua volta”.

Além disso, toda obra foi escrita com base em equidade de gênero desde a formação do time de pesquisa, composto em sua maioria por mulheres; muitas citações de autoras na obra; os exemplos equilibrados entre lideranças femininas e masculinas; e toda a linguagem adotada que é sem marcação de gênero e sem desrespeitar a Língua Portuguesa. 

Por fim, o livro também tem um viés social, pois visa levar a metodologia para líderes de frentes sociais e humanitárias e para jovens em situações de vulnerabilidade, que estão entrando no mercado de trabalho. Isso porque, várias pessoas e empresas estão se disponibilizando a apoiar o projeto comprando livros para serem doados pelo projeto.

Sobre o autor

Há mais de duas décadas, Daniel Spinelli tem se dedicado ao desenvolvimento humano nas organizações. Nesse período, investigou, pesquisou e aprofundou-se no tema, facilitando processos de aprendizagem para mais de 200 organizações. Empreendedor, palestrante e mentor, já coordenou programas para mais de 50 mil participantes, tendo atuado no Brasil e em outros dez países. Tem se dedicado ao estudo da mente humana e às práticas contemplativas, realizando muitos retiros de aprofundamento. Certificou-se como professor de Inteligência Emocional com base em Mindfulness, na região do Vale do Silício e, recentemente, passou 6 meses na Ásia, na região dos Himalaias da Índia, estudando com grandes mestres das tradições contemplativas. Desde seu retorno, tem como missão trazer o movimento de ampliação da consciência no ambiente organizacional por meio do trabalho com líderes.

 

Dados técnicos

ISBN: 9786588523797

Número de páginas: 192

Data do lançamento: 10 de outubro de 2023

Ler Mais

EVENTO DE FINAL DE ANO DA SCORTECCI 2023


A Scortecci Editora que edita, imprime e comercializa livros desde 1982, no próximo dia 2 de dezembro de 2023, sábado, das 16h às 20h30, no Espaço Scortecci, Rua Dep. Lacerda Franco, 96, Pinheiros, São Paulo/SP, CEP 05418-000, realizará a sua tradicional confraternização de final de ano com lançamento de dez novos títulos, lançamento da antologia “O Construtor de Amigos” e Recital poético e leitura de textos literários, no Jardim Literário. 

A Scortecci é uma editora laureada, com mais de 41 anos no mercado editorial brasileiro. Possui gráfica própria com tecnologia Digital, acabamento de qualidade, sofisticado controle de vendas e central de logística. Já lançou mais de 11 mil títulos em primeira edição. Já recebeu os prêmios: Jabuti, APCA, FBN, ABL e PEN Clube. 

Em sua história conserva os mesmos objetivos e propósitos desde a sua fundação: editar, imprimir e comercializar livros, promover e apoiar concursos e prêmios literários, realizar recitais e leitura de textos, participar de feiras e bienais do livro, organizar antologias literárias, realizar cursos, palestras e oficinas sobre o livro e a arte de escrever, trabalhar pela formação e ampliação de bibliotecas públicas e comunitárias e fomentar o hábito da leitura.

EVENTO

Data: 02 de dezembro de 2023 – Sábado - Horário: 16h00 às 20h30
Local: Espaço Scortecci
Rua Deputado Lacerda Franco, 96
Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05418-000.

PROGRAMAÇÃO

16h às 17h30 - Lançamento da Antologia
O CONSTRUTOR DE AMIGOS – Volume II
Coordenação: Roswyta Ribeiro

16h30 às 18h00 - Recital Poético e Leitura de Textos Literários
Participação: Livre.

LANÇAMENTO COLETIVO DE LIVROS

Horário - 18h às 20h30

- A FORÇA DO DESTINO - Celia Silva Ruiz Fernandes.

- A TOCA ENCANTADA DOS LAGARTOS - Maria Gravina Ogata.

- CARAMELO, FLORA E A TORTA DE AMORA – Su Canfora.

- CRÔNICAS DO COTIDIANO / RegiLuzVieira.

- DÁFINY, A BARATA VOADORA / Alcidéa Miguel.

- MEDICINA, ESPIRITUALIDADE E O MISTÉRIO DO AMOR - Penha Souza - Ditado pelo Espírito Rita de Cassia.

- O JULGAMENTO DAS MÃES – Maternidade e Terror / Carmem Teresa Elias.

- O LIVRO DAS ESTRELAS - Silvia Ferreira Lima.

- PROSA DE LEITORA: SOBRE LIVROS, AUTORES E OUTROS ACEPIPES – Volume 1 / Maria Mortatti.

- UM CACHORRO, UMA MENINA E UMA CORUJA - Frederica Marostegan Mendes.

Os livros podem ser adquiridos na Livraria Scortecci

Mais informações:

João Scortecci
gruposcortecci@scortecci.com.br
WhatsApp: (11) 99951-5163

Ler Mais

Silviano Santiago: Prêmio Camões 2022

O escritor mineiro Silviano Santiago receberá o Prêmio Camões 2022 nesta terça-feira (14/11/2023), em solenidade no Auditório Machado de Assis, na sede da Biblioteca Nacional - um órgão vinculado ao Ministério da Cultura - no Centro do Rio de Janeiro. A solenidade, marcada para as 11h, contará com as presenças do presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Marco Lucchesi; da ministra da Cultura, Margareth Menezes; e do embaixador português no Brasil, Luís Faro Ramos, representando o ministro da Cultura de Portugal, Pedro Adão e Silva.

O evento será fechado para convidados, com transmissão ao vivo pelo YouTube:

(@FundacaoBibliotecaNacional).

Confira a justificativa do júri do Prêmio Camões 2022: “Silviano Santiago, além de escritor com uma obra literária com vários prêmios nacionais e internacionais (Jabuti, Oceanos, etc.), é um pensador capaz de uma intervenção cívica e cultural de grande relevância, com um contributo notável para a projeção da língua portuguesa como língua do pensamento crítico, no Brasil e fora dele (nos países ibero-americanos, nos Estados Unidos e na Europa)”. 

Silviano Santiago

Nascido na cidade de Formiga (MG), em 29 de setembro de 1936, Silviano Santiago é ensaísta, poeta, contistas, romancista e professor. Considerado um dos maiores escritores brasileiros da atualidade, é autor de cerca de 30 obras – entre as quais, os livros “Em liberdade” (1981), “Uma história de família” (1993) e “Keith Jarret no Blue Note” (1996). Sua produção já foi traduzida para o inglês, espanhol, italiano e francês. Entre as premiações já recebidas pelo autor, constam: Prêmio Jabuti (1982, 1993 e 2017); Prêmio ABL de Ficção, Romance, Teatro e Conto (2009); Prêmio Machado de Assis (2013); Prêmio Iberoamericano de Letras José Donoso (2014) e Prêmio Oceanos (2015).

Sobre o Prêmio

O Prêmio Camões de Literatura foi instituído em 1988 com o objetivo de consagrar um autor de língua portuguesa que, pelo conjunto de sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural de nossa língua comum. A Menção Internacional foi criada pelo Protocolo Adicional ao Acordo Cultural entre os governos português e brasileiro, representados, respectivamente, pela Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas/Secretaria de Estado da Cultura (Portugal), e pela Fundação Biblioteca Nacional/Ministério da Cultura (Brasil). Considerado o mais importante prêmio da língua portuguesa, o Camões contempla anualmente autores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP): Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste. A comissão julgadora é composta por representantes do Brasil, de Portugal e de países africanos de língua oficial portuguesa. O autor premiado, além de ter o conjunto de sua obra reconhecida, recebe uma láurea no valor de 100 000€. Metade deste valor é subsidiado pela Fundação Biblioteca Nacional.

Sobre a Fundação Biblioteca Nacional (FBN)

A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) é um órgão público federal vinculado ao Ministério da Cultura (MinC). A Fundação inclui a Biblioteca Nacional (BN), a Biblioteca Euclides da Cunha (BEC) e a Casa de Leitura.

A Biblioteca Nacional é a maior biblioteca da América Latina e uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo, segundo a UNESCO. Por sua função de Depósito Legal, a BN é a principal instituição de memória do país, ao receber um exemplar de todas as obras publicadas em solo brasileiro (livros, jornais, revistas, CDs e outras mídias). Inaugurada em 1810 por D. João VI, é a mais antiga entidade governamental ligada à cultura no Brasil. Sua missão é coletar, registrar, salvaguardar e dar acesso à produção intelectual brasileira, assegurando o intercâmbio com instituições nacionais e internacionais e a preservação da memória bibliográfica e documental do país. Desde 1910, ocupa o prédio localizado na Av. Rio Branco, número 219, na Cinelândia – Centro do Rio de Janeiro. 

A Biblioteca Euclides da Cunha é uma biblioteca pública que oferece serviços de livre acesso ao acervo bibliográfico e aos registros de expressão cultural e intelectual, localizada temporariamente na Av. Presidente Vargas n. 3131, sala 704 do Edifício Teleporto, na Cidade Nova. A biblioteca Igualmente tem como atribuição, ainda, desenvolver atividades de caráter informativo, cultural e educacional, integrando-se aos objetivos da FBN. Dentre as ações de difusão do acervo estão o projeto “A Traça Faminta”, o programa “Vozes Brasilis” e a divulgação de boletins de novas aquisições. 

A CASA DA LEITURA tem como atribuição desenvolver atividades de caráter informativo, cultural e educacional, em sua sede na Rua Pereira da Silva, 86, Laranjeiras. A instituição cumpre seu objetivo de formar leitores e democratizar o acesso ao texto literário por meio de cursos, oficinas, debates, seminários, palestras e fóruns de discussão. Sua programação é voltada prioritariamente a professores de sala de aula, bibliotecários e demais mediadores de leitura, com a finalidade de instrumentalizá-los em suas práticas.

Serviço

Entrega do Prêmio Camões 2022
Data: 14/11/23 (terça-feira) - Hora: 11h
Local: Auditório Machado de Assis, Biblioteca Nacional Endereço: Rua México, s/nº - Cinelândia, Rio de Janeiro

Transmissão: (@FundacaoBibliotecaNacional).

Assessoria de Imprensa - Ministério da Cultura
Sheila de Oliveira
(31) 99246-2687
imprensa.minc@cultura.gov.br

Ler Mais

Ricardo Viveiros será empossado hoje dia 08 de novembro de 2023 na Academia Paulista de Educação

O jornalista, escritor e professor Ricardo Viveiros será empossado como membro da Academia Paulista de Educação (APE), em cerimônia a ser realizada hoje (quarta-feira), dia 8 de novembro, às 18 horas, no auditório do quarto andar da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), à Avenida Paulista nº 1.313. Ele será o titular da cadeira número 30, cujo patrono é Joaquim Silva, jornalista, destacado integrante do Magistério em Sorocaba (SP) e autor de livros de História. O fundador, José Bueno de Oliveira Azevedo Filho, de origem nobre, teve permanente compromisso com a educação pública como professor de História, por muitos anos, na tradicional Escola Estadual Alexandre de Gusmão, no bairro do Ipiranga, nesta Capital.

A APE foi fundada, em 12 de abril de 1970, por um seleto grupo de educadores. Muito atuante na vida educacional de São Paulo e do Brasil, é constituída por 40 cadeiras, cada uma com seus respectivos patrono e titular. Os novos acadêmicos, pessoas com reconhecida contribuição ao ensino, são eleitos em Assembleia Geral. A entidade reúne-se mensalmente e promove eventos educacionais, palestras e colóquios. Apresenta sugestões e participa da discussão de propostas de atividades pedagógicas e escolares. Seu hino foi composto pela acadêmica Hercília Castilho Cardoso (letra) e o maestro Eliseu Narciso (música).

Dentre os atuais membros da APE incluem-se personalidades que se dedicam à Educação, como professores doutores e PhDs, livres-docentes, reitores, ex-secretários municipais e estaduais, autores de livros didáticos e pedagogos.

Jornalista e escritor Ricardo Viveiros

O novo acadêmico Ricardo Viveiros completa, em 2023, 57 anos de jornalismo e 55 como escritor. É autor de mais de 50 livros, em distintos gêneros, e prefaciou numerosas obras. Alguns de seus livros estão em repetidas edições, bem como figuraram nas listas de mais vendidos no País. Com passagem por jornais, revistas, rádios, TVs e agências de notícias, no Brasil e no Exterior, atuou como repórter, editor, colunista, pauteiro, diretor de redação, comentarista, articulista e correspondente internacional. Recebeu homenagens e prêmios nacionais e internacionais.

Viveiros Lecionou por 25 anos em cursos técnicos e superiores de graduação, bem como em MBA de Comunicação Social, em escolas e universidades públicas e privadas, além de proferir palestras no Brasil e em vários outros países. É ativista em diversas Ongs, notadamente em defesa da Educação, Cultura, Direitos Humanos e Meio Ambiente. Durante mais de 50 anos atuou em defesa da democratização do ensino, tendo realizado diversos programas educativos com alunos das redes pública na Capital e no interior de São Paulo. Apresenta o programa semanal de entrevistas “Brasil, mostra a tua cara!”, na TV Cultura, às sextas-feiras, 23 horas.



Informações para a Imprensa

RV&A

Paulo Fortuna
11 95142-2587
paulo.fortuna@viveiros.com.br

Marcela Menoni
11 97469-6561
marcela.menoni@viveiros.com.br
Ler Mais

27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo 2024

A 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e organizada pela RX, está marcada para acontecer de 6 a 15 de setembro de 2024. Este ano, o evento será realizado no Distrito Anhembi, localizado na zona Norte de São Paulo. 

Além disso, os visitantes que adquirirem ingressos para o evento receberão benefícios para a compra de livros. Os participantes com ingressos de valor inteira, custando R$35,00, receberão um cashback de R$15,00, enquanto aqueles com ingressos de meia-entrada, no valor de R$17,50, terão um retorno de R$7,50. Essa ação será válida somente para quem comprar os ingressos antecipadamente.

E para os interessados em participar como expositores, as vendas de espaços estão oficialmente abertas. Editoras, livrarias, distribuidoras e autores independentes estão convidados a garantir seu espaço.

Para mais informações:comercial@bienaldolivrosp.com.br

Informações para Imprensa

Danthi Comunicação Integrada
Andréia Lopes – (21) 97116-7438 andreia.lopes@danthi.com.br
Ana Paula Fonseca – (11) 98696-7212 anapaula@danthi.com.br
Cristina Alves -- (21) 98160-0311 cristina@danthi.com.br

Ler Mais

LIVRO “SÓ PALAVRAS” E ÁLBUM “SEM PALAVRAS” GANHAM LANÇAMENTO SIMULTÂNEO NO BRASIL COM A PRESENÇA DE SEU AUTOR GRECCO BURATTO

Qual seria o ponto de intersecção entre nomes tão poderosos da música como Lionel Richie, Shakira, Gwen Stefani, Luis Fonsi, k.d.lang, Sergio Mendes, , Roberto Carlos, P!nk, Marc Anthony, Dionne Warwick, Earth Wind and Fire, George Duke, Kelis, Backstreet Boys, Joss Stone, Flora Purim, Airto Moreira, Anastacia, a banda World Without Sundays, Enrique Iglesias, JJ.Lin, Leehom Wang Jeff Chang e Jason Zhang, Gustavo Santaolalla, Snatam Kaur, Claudia Brant, Camilo, Mayra Andrade e Armandinho? 

A resposta é: o toque do músico, compositor, produtor musical e poeta Grecco Buratto, que participou em turnês e álbuns de todos eles. Buratto ainda marcou presença em trilhas para filmes e seriados, como Dawnson’s Creek, Everwood, A Filha do Presidente, Férias no Trailer e Miami Vice. 

Em meados de 2016 Buratto começou a flertar com a ideia de um disco com as canções instrumentais em que vinha trabalhando desde 1997 e outras compostas durante a pandemia. Surge então Sem Palavras, seu novo álbum, com dez faixas baseadas apenas no violão. “Musicalmente, as canções sempre tiveram uma estética muito bem definida e, para mim, se sustentam por si mesmas, sem a necessidade de uma instrumentação mais elaborada ou até mesmo letra. São como poemas tocados em uma voz só, o violão. E como nasceram assim, acho que isso também honra a natureza delas”, conta Grecco.

“Tive um sonho onde tomava um café com José Saramago e Gabriel Garcia Marques. No sonho sentia que tinha algo a dizer. Acordei sentindo uma necessidade de escrever e usei isso como forma de terapia. Aos poucos, o que escrevia foi tomando forma de versos, poesias ou letras”, diz. Entendeu então que estava percorrendo o outro lado na estrada da composição, ou seja, escrevendo somente palavras, sem música que as acompanhasse. “Segui usando essa forma e em 2020, com tudo parado, resolvi selecionar os textos que mais ressonavam comigo”. Paralelamente, surgiu o livro Só Palavras, escrito sob o impacto da pandemia pelo qual o mundo passou e seu primeiro livro de poesias.

Enquanto aguarda o lançamento de Sem Palavras e Só Palavras, álbum instrumental e livro de poesias, Grecco Buratto participa da turnê da cantora norte americana Laura Pergolizzi, mais conhecida por seu nome artístico LP, na Europa, e acompanhando a artista Snatam Kaur em uma turnê pela América do Norte, tocando música para meditação. Além disso, participa de duas feiras de música – acompanhando sua parceira Caro Pierotto na divulgação de Sambalismo, seu disco mais recente, produzido por ele. 

Em outubro, Grecco Buratto vem ao Brasil para cuidar pessoalmente deste duplo lançamento, que acontecerá em 29 de outubro, no Artsy Club, na Vila Madalena, SP, onde mostrará suas composições, tanto escritas quanto musicais, em evento único.  Grecco passa também por seu estado Natal, onde fará o lançamento e pockets shows: Feira Literária de Taquara, em 18 de outubro, Porto Alegre (25/10), na Casa Luz, e São Leopoldo, na Livraria No Pátio (31/10).

O álbum Sem Palavras estará disponível nas plataformas digitais de música, a partir de 16 de outubro e o livro Só Palavras, na Amazon e no site da Versiprosa. Ambos serão vendidos fisicamente no evento de lançamento. Sem Palavras é seu segundo álbum solo e Só palavras, seu livro de estreia como poeta. 

Atualmente morando em Los Angeles, Califórnia – para onde mudou-se, aos 18 anos, para estudar no Guitar Institute of Technology, parte do conceituado Musicians Institute –, lançou em 2014 o álbum Essas coisas todas – seu primeiro disco solo, considerado um dos dez melhores discos latinos do ano pelo crítico Ernesto Lechner do Los Angeles Times, que rendeu ao artista uma indicação para o Prêmio Açorianos na categoria “Melhor Instrumentista”.                                                                                          
Sobre Grecco Buratto

Grecco Buratto é músico, compositor, produtor musical e poeta. Nascido em Caxias do Sul e criado em Taquara (Rio Grande do Sul), começou a estudar violão aos sete anos de idade e, aos 18, mudou-se para Los Angeles (Califórnia) para cursar o Guitar Institute of Technology no conceituado Musicians Institute. Desde então, acompanhou diversos artistas em palcos, turnês e gravações, incluindo: Lionel Richie, k. d. lang, LP, Gwen Stefani, Shakira, Roberto Carlos, Gustavo Santaolalla, Earth Wind and Fire, George Duke, Sergio Mendes, Airto Moreira e Flora Purim. Escreveu e gravou em trilhas para filmes e seriados de televisão como Dawnson’s Creek, Everwood, A Filha do Presidente, Férias no Trailer e Miami Vice. 

Essas coisas todas – seu primeiro disco solo, lançado em 2014 – foi considerado um dos dez melhores discos latinos do ano pelo crítico Ernesto Lechner do Los Angeles Times e rendeu ao artista uma indicação para o Prêmio Açorianos na categoria “Melhor Instrumentista”. O disco está disponível em todas as plataformas digitais pelo selo YB Music.

Ficha Técnica (livro)
Título: Só Palavras
Autor: Grecco Buratto
Edição: 1ª
Editora: Versiprosa em parceria com Editora Primata.
Páginas: 99
Formato: 14x21 cm
ISBN: 978-65-84920-29-3
Índice para catálogo sistemático: 1. Poesia brasileira; 2. Literatura brasileira. I. Buratto, Grecco. II. Fonte, Bruna Ramos da (Prefácio). III. Título
Valor de Capa: R$ 40

Serviço lançamento Sem Palavras e Só Palavras

Taquara, RS
18 de outubro 2023
Feira Literária de Taquara
Rua Coberta
Pocket Show: 19h
Entrada gratuita

Porto Alegre, RS
25 de outubro
Casa Luz
Av. São Pedro, 1153 - São Geraldo
Abertura da casa: 19h
Show: 20h
Entrada gratuita, com confirmação por DM no Instagram @greccoburatto

São Paulo, SP
29 de outubro 2023
Artsy Club
Rua Simpatia, 301 – Vila Madalena
Abertura da casa: 17h
Pocket show: 18h
Entrada gratuita, com confirmação por DM no Instagram @vnassessoria

São Leopoldo, RS
31 de outubro 2023
Livraria No Pátio
Av. São Borja, 97
A partir das 17h30, com pocket show
Entrada gratuita, com confirmação por DM no Instagram @greccoburatto

Mais informações:

VICENTE NEGRÃO
Assessoria
contato: Alisson Schafascheck
(47) 99250-4678
alisson@vicentenegrao.com

Ler Mais

LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES / Prof. Dr. José de Sousa Breves Filho

A pesquisa buscou desenvolver um instrumental teórico-científico para orientar alunos e professores no ensino/aprendizagem da leitura e produção de textos. Foi dividida em duas partes: pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. No estudo das teorias linguísticas sobre a leitura, delineamos um percurso dividido em: compreensão, interpretação e análise de texto. Em seguida, na produção de textos, os estudos buscaram focar as teorias e práticas sobre a produção textual. Vale destacar que a pesquisa de campo teve como sujeitos/participantes estudantes da 8ª série à Pós-Graduação (turmas de Especialização e uma de Mestrado) e durou 20 anos. Foi desenvolvida com estudantes de Letras da UEMA e professores do Município e Estado, em Imperatriz-MA. Além de outras Instituições nas quais já trabalhei o CEFET-MA e IFCE, nos Cursos de Licenciatura em Matemática, Física e Engenharia de Computação. E, ainda, nos encontros de que participei do PROLER, na Região Norte e Nordeste do Brasil. Também tive a oportunidade de desenvolvê-la em Cursos de Pós-Graduação, oferecidos pelo INBRAPE no interior do Estado do Paraná e São Paulo. Nas avaliações dos participantes, duas afirmações foram, inúmeras vezes, reiteradas como se fosse um recado: Dos alunos do Ensino Médio, “essa proposta metodológica está me dando a chance de passar no ENEM; Dos estudantes de Nível Superior e profissionais já formados, “se eu tivesse construído essa base antes, talvez a profissão escolhida fosse outra.”

SERVIÇO

Livro: LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Autor: Prof. Dr. José de Sousa Breves Filho
Editora: Pedro & João Editores
Formato 14 x1 cm - 160 páginas
ISBN 978-65-5869-910-1

Ler Mais

Casa da Leitura

Localizada no bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro, a Casa da Leitura ocupa uma edificação imponente, com varanda e jardins, que retrata uma época de espaços de circulação generosos e de bom gosto. Assim, torna-se um local aprazível para a prática da leitura e de outras atividades atraentes à comunidade.

Através de eventos como cursos, oficinas, debates, seminários, palestras e fóruns de discussão, a Casa da Leitura cumpre seu objetivo de formar leitores e democratizar o acesso ao texto literário. Sua programação é voltada prioritariamente a professores de sala de aula, bibliotecários e demais mediadores de leitura, com a finalidade de instrumentalizá-los em suas práticas. Propostas e sugestões incentivam a criação, despertam a possibilidade do fazer, unem teoria e prática, metodologia e vida.

A Casa da Leitura possui duas Bibliotecas Demonstrativas: Monteiro Lobato (infantil) e Adélia Prado (juvenil e adulta). Dispõe também de um Centro de Referência e Documentação em Leitura (CRDL), com acervo especializado, que capta e disponibiliza informações sobre práticas, pesquisas e estudos realizados no Brasil e no exterior, constituindo uma Rede Nacional de Leitura.

As Bibliotecas Monteiro Lobato e Adélia Prado foram implantadas e organizadas a partir de um olhar que percebe o usuário como um leitor potencial. Os espaços são elaborados, física e conceitualmente, para garantir acesso democrático ao livro. O público tem livre acesso à estante. Dessa forma, o leitor tem condições de compreender como funciona uma biblioteca, ao mesmo tempo em que aprende como encontrar um livro.

Abertas ao público em geral, as Bibliotecas da Casa da Leitura realizam, mediante agendamento, visitações ou projetos continuados para atividades de leitura e escrita para grupos de alunos das redes pública e particular do Rio de Janeiro, em parceria com secretarias de Educação, Cultura e Desenvolvimento Social, ONG’s e outras instituições.

Casa da Leitura
Rua Pereira da Silva, 86
Laranjeiras
Rio de Janeiro, RJ
CEP: 22221-140
Telefone: +55 (21) 2557-7437
Email: casadaleitura@bn.gov.br

A Casa da Leitura é um espaço para formação e multiplicação de leitores e possui duas bibliotecas: uma infantil, e a outra voltada para jovens e adultos.

Ler Mais

Cidade do Rio de Janeiro é eleita Capital Mundial do Livro 2025 pela Unesco

Candidatura da Cidade Maravilhosa foi desenvolvida pela Secretaria Municipal de Cultura em parceria com o SNEL, que também promove a Bienal do Rio há 40 anos. A cidade do Rio de Janeiro será a Capital Mundial do Livro em 2025. O resultado da seletiva realizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) foi divulgada nesta quarta-feira (04), na França. Pela primeira vez uma cidade lusófona conquista o título, concedido desde 2001 pela agência da Organização das Nações Unidas (ONU). 

No comunicado enviado ao prefeito Eduardo Paes, a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, destacou a importância do título para o desenvolvimento da cultura e da educação.

Estou plenamente confiante de que o Rio de Janeiro cumprirá os compromissos que assumiu ao se candidatar a este prestigiado título. Além disso, esperamos que, sob sua orientação, a cidade desempenhe um papel ativo na promoção do livro e da leitura e tenha um impacto positivo nas taxas de alfabetização entre os jovens do Rio de Janeiro e de outros lugares”, informou o comunicado.

O Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) participou ativamente da construção da candidatura carioca. Além de somar apoios para o pleito, o SNEL, que também promove a Bienal do Livro do Rio há 40 anos, contribuiu com ideias e estratégias de mobilização e possibilidades de parceria para a cidade.

Para o presidente do SNEL, Dante Cid, a vitória do Rio de Janeiro é uma conquista de todo o setor cultural brasileiro.

Continuaremos promovendo a cidade do Rio de Janeiro como polo cultural e, em 2025, iremos celebrar um ano inteiro de atividades em torno do livro e da leitura. Este título deve ser comemorado por todos que vivem e sonham pela cultura brasileira. Vamos unir editoras, autores, livrarias, governo e todos os leitores para mostrar a importância dos livros para o desenvolvimento da sociedade”, destacou Cid.

A candidatura da capital carioca foi conduzida pela Secretaria Municipal de Cultura, liderada pelo Secretário Marcelo Calero, e contou com apoio de outras secretarias e órgãos do governo municipal, como a Coordenadoria de Relações Internacionais. Além do SNEL, apoiaram a candidatura a GL Events, que também promove a Bienal do Livro do Rio, a Associação Nacional de Livrarias (ANL), o Real Gabinete Português de Leitura, a Fundação Biblioteca Nacional, a Academia Brasileira de Letras (ABL), a Fundação Roberto Marinho, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Pen Clube.

“A escolha do Rio como capital mundial do livro além de ser extremamente importante para reforçar a vocação da cidade como capital cultural do país, nos deixa imensamente felizes por estarmos envolvidos desde o início nesse processo de candidatura. GL e SNEL se juntaram com a secretaria de cultura na elaboração de um dossiê potente e transformador tendo a Bienal do Livro Rio de 2025 como um grande polo irradiador das iniciativas de incentivo à leitura. O propósito da Bienal do Livro Rio: “Incentivar o hábito da leitura para mudar o país” segue ganhando proporções cada vez maiores e já estamos trabalhando para mais uma edição inesquecível”, destaca Bruno Henrique, gerente de Marketing e Conteúdo da GL events, organizadora da Bienal do Livro Rio com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).

Além de sediar por 12 meses uma programação voltada para a promoção do livro e da leitura, a nova Capital Mundial do Livro entra para uma rede de cooperação internacional com as cidades dos anos anteriores.

Sobre a Capital Mundial do Livro

A Unesco seleciona anualmente uma cidade para se tornar a Capital Mundial do Livro, durante um período de doze meses, a partir do dia 23 de abril, conhecido como o Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor.

As cidades candidatas preparam um dossiê detalhando suas iniciativas e projetos destinados a promover o livro e a leitura. Além disso, a cidade escolhida assume o compromisso de difundir o livro para todas as pessoas e desenvolver programas e atividades relacionados ao tema ao longo do ano.

Recentemente, as cidades selecionadas incluíram Sharjah (2019), Kuala Lumpur (2020), Tbilisi (2021), Guadalajara (2022), Accra (2023) e Estrasburgo (2024).

SOBRE O SNEL

Criado em 1941, o Sindicato Nacional dos Editores de Livros tem como finalidade o estudo e a coordenação das atividades editoriais, bem como a proteção e a representação legal da categoria de editores de livros e publicações culturais em todo o Brasil. Como representante da categoria editorial, o SNEL é filiado à International Publishers Association (IPA) e ao Centro Regional para el Fomento del Libro en America Latina y el Caribe (Cerlalc). O Sindicato mantém articulações permanentes com diversas entidades, tanto governamentais quanto privadas, com o objetivo de fomentar a política do livro e da leitura no país.

IMPRENSA

Camila Del Nero (11) 99986-0990
comunicacao@snel.org.br


Ler Mais

Textos sobre o Comendador Ananias Arruda e o Jornal “A Verdade”

ANANIAS ARRUDA (23.05.1886) / Miguel Edgy Távora Arruda - Era uma radiosa manhã de primavera, aquela de 23 de maio de 1925. Debruçado à varanda de nossa casa, em Lisboa, onde então moravam os meus pais, eu aguardo ansioso aqueles tios do Brasil, de que tanto se fala ultimamente. Eis que chegam e com a curiosidade irrequieta de meus 6 anos mal completos, corro à porta para recebê-los. São os meus tios Ananias e Donaninha. Tomando parte na Grande Peregrinação Brasileira do Ano Santo, ao Oriente: Grécia, Turquia, Egito, Palestina e Síria, sem falar nos países da Europa: Itália, França, Espanha e Portugal.

Após os primeiros momentos de euforia da chegada, ponho-me a observá-los com meus olhos de criança. Ela é de talhe fino, esguio, em seu vestido branco de mangas compridas de onde emergem as mãos alvas, delicadas, que se agitam na gesticulação viva que acompanha as palavras e as frases, a contar fatos e episódios da viagem. O rosto oval, de pele muito branca, sem pintura, quase pálido, onde se destacam os olhos verdes, grandes, com pequenas rugas a assomar-lhes os cantos. Os cabelos castanhos, longos, presos no alto da cabeça, tendo a cobri-los um chapéu de abas largas que ela tira com desenvoltura. Pretextando cansaço, deixa-se cair numa poltrona e tira os sapatos de salto alto, libertando os pés envoltos em meias de seda muito fina, deixando antever os dedos que ela exercita para desentorpecê-los. No conjunto, tem algo de fragilidade.

Ele é de altura mediana, magro, cabeça pequena, rosto comprido, a pele corada, o cabelo e o bigode castanho claro, os olhos azuis. No seu todo denota-se energia, determinação. Alguém menciona que é o dia do seu aniversário, em que completa 39 anos, e renovam-se os abraços, as felicitações. Até parece que a alegria se torna maior e a felicidade mais contagiante. E assim se passa o dia até que, já à tardinha, lá se vão eles de volta ao navio que os levará pelo Mediterrâneo à fora, para a grande aventura que me empolga, que me assombra: a grande aventura de ir ao Oriente em visita às terras onde Jesus nasceu, viveu e morreu.

Anos se passam. Retornamos ao Brasil, ao Ceará, Baturité. Aquele primeiro contato se renova e se torna agora permanente, no convívio diário de quem vive na mesma cidade, lado a lado, e tem a unir-nos uma afeição familiar profunda apanágio de toda uma família. E, a despeito de algumas diferenças de opinião que nos levam a divergir em muitos casos, pouco e pouco vai crescendo na criança, no moço, no jovem e no homem que caminha pela vida, a admiração, o respeito e a estima por esse tio, pela maneira como vive, pelo que faz, pelo que é: por sua Fé indômita que o leva a proclamá-la a todo o instante; por sua força de vontade insuperável que o leva a nunca desistir; por sua capacidade de trabalho extraordinária que parece não lhe dar fadiga; por seu otimismo constante que o faz ver sempre algo de bem mesmo naquilo que nos parece desastroso; por sua falta de respeito humano que o faz agir com desassombro sem medo do que possam pensar ou dizer; por sua coragem e destemor que o levam a enfrentar os adversários sem receio do que lhe possa acontecer; por seu espirito de amor ao próximo que o impele a doar os seus bens, e fundar escolas, colégios, instituições de caridade: ambulatórios, maternidades, hospitais que farão o bem não só a poucos, mas a muitos, e não só agora, mas de maneira permanente, ao em vez daqueles que se limitam a fazer a caridade dando esmolas que beneficiam apenas aos que as recebem; por jamais ter odiado mesmo quando alvo de rancor; por nunca se deixar abater, por maior que seja o insucesso; por jamais transigir com o erro, mesmo que isto lhe cause prejuízo; por ter feito o bem, mesmo quando lhe desejam mal; por ter sempre perdoado, mesmo quando vítima de injustiças. E, quando alguns, já no ocaso da vida, dele se acercam a pedir o seu perdão, generosamente ele o dá, pois que há muito já o havia dado.

Nasceu a 23 de maio de 1886, em Santo Antônio do Aracati-Açú, Município de Sobral, Ceará, sendo filho do Cap. Miguel Arruda e de Dona Maria do Livramento Vasconcelos Arruda. Em 1891, com apenas 5 anos de idade, veio para Baturité, em companhia de seus pais e irmãos, e aqui cursou, sucessivamente, as Escolas Primárias do Professor Viana e das Professora Maria Maia e Maria Estelita; o Ateneu Baturiteense dirigido pelos Professores Galdino Chaves e Luiz Gonzaga Gomes da Silva; e o Colégio Nogueira do Professor Joaquim da Costa Nogueira, tendo concluído o Curso de Humanidades, como interno, no Educandário mantido pelo Pe. Dr. João Augusto da Frota, em Guaramiranga, na Serra de Baturité.

Em 1902, iniciou sua vida prática passando à atividade comercial, tendo participado das firmas Antônio Arruda & Irmão, Arruda & Irmãos e Arruda & Filhos, como sócio de seus irmãos Antônio, José e Vicente e de seu pai Miguel de Arruda. Desde muito moço dedicou-se a uma profícua atividade social e religiosa: foi o fundador da Conferência Vicentina de São Luiz de Gonzaga (17.12.1900); da Escola Paroquial do Menino Deus (25.08.1901) da qual foi professor e diretor por muitos anos; do jornal ''A Verdade'' (08.04.1917) mantido às suas custas e do qual ainda hoje é Diretor; do Círculo de Operários Católicos São Jose de Baturité (13.07.1924) e de seus núcleos do Patiú, Candéia e Bananeiras, além dos Círculos de Aracoiaba e Sto. Antônio do Aracati-Açú; da Vila dos Pobres São Vicente de Paulo (01.12.1940) com 15 casas por ele construídas e doadas às Irmãs de Caridade para abrigo de indigentes; do Ambulatório São José (17.09.1949) também construído e doado por ele às Irmãs de Caridade para socorro aos doentes pobres; do Pavilhão Cap. Miguel de Arruda, em Sobral, Ceará, (23.09.1949) construído às suas custas em comemoração do centenário de nascimento de seu pai, como parte do Abrigo Sagrado Coração de Jesus, obra de amparo social de Dom José Tupinambá da Frota, Bispo daquela Diocese; e de uma Igreja dedicada a Nossa Senhora do Livramento construída por ele na fazenda Bilheira, em Santo Antônio do Aracati-Açú, Município de Sobral, (04.01.1956)em comemoração ao centenário de nascimento de sua mãe.

Casou-se a 17.09.1911, em Baturité, com Ana Custódia dos Santos, filha de Custódio Cândido dos Santos e Águeda dos Santos, sobrinha do então Vigário de Baturité, Mons. Manoel Cândido dos Santos. Em 1925, em companhia de sua esposa, tomou parte na Grande Peregrinação Brasileira do Ano Santo a Roma e à Terra Santa. Sofreu um duro golpe com o falecimento de sua esposa a 19.01.1941, o que o levou a construir uma Capela em Saboeiro (dezembro de 1941), no local da casa onde ela nascera e outra em Pacoti (19.01.1942) no local de seu falecimento. Deve-se à sua iniciativa e à sua valiosa e decisiva cooperação a vinda para Baturité dos Padres Jesuítas (1922) e a fundação de sua Escola Apostólica (15.08.1927); o estabelecimento, em Baturité dos Padres Salesianos e a fundação de seu Colégio Domingos Sávio (01.01.1930); a vinda para Baturité, das Irmãs Salesianas e a fundação de seu Instituto Nossa Senhora Auxiliadora (19.03.1932); e a vinda para Baturité das Irmãs Filhas da Caridade e a fundação da sua Casa dos Pobres Santa Luiza de Marillac (20.01.1933)a que se seguiu o Patronato Nossa Senhora do Livramento (dezembro de 1942).Noutros setores de atividade, coube-lhe figurar como um dos fundadores da Associação Comercial de Baturité, da qual foi Presidente por vários anos, bem como do Sindicato Rural e do Banco Comercial e Agrícola de Baturité (15.08.1930), a primeira entidade de crédito criada no Município.

Em 1935, foi nomeado Prefeito Municipal de Baturité, investidura posteriormente confirmada por sufrágio popular, cargo que ocupou até 16 de maio de 1943, período em que prestou assinalados serviços à cidade como gestor da cousa pública. Em 1938, recebeu do Papa Pio XI o privilégio especial de conservar, em Capela Privada, na sua residência, o Santíssimo Sacramento, concessão renovada, sucessivamente, pelos Papas Pio XII, João XXIII e Paulo VI. No setor da Ação Católica, promoveu, durante vários anos, Congressos e Semanas Eucarísticas Paroquiais, com o apoio e a cooperação dos Arcebispos de Fortaleza, Dom Manoel da Silva Gomes e Dom Antônio de Almeida Lustosa, em como de outros insignes dignatários da Igreja, sendo que, em determinada ocasião, chegou a reunir, em Baturité nada menos de seis Arcebispos e Bispos, para um destes Congressos Eucarísticos. Em 1950, voltou a tomar parte na Peregrinação Brasileira do Ano Santo.

Em 1953, mediante financiamento que obteve de seu grande amigo o ilustre baturiteense, Luiz Severiano Ribeiro, residente no Rio de Janeiro, construiu em Baturité, uma moderna Maternidade que recebeu o nome de Maria Felicia Ribeiro e passou a funcionar sob a direção e administração das Irmãs Filhas da Caridade. Em 1956, graças a financiamento de outro seu particular amigo e, também, ilustre baturiteense, Osiel Pinto, residente em Fortaleza, construiu um grande Hospital, anexo à Maternidade, que recebeu o nome de José Pinto do Carmo, cuja direção e administração também foi entregue às Irmãs de Caridade.

Em 1958, mediante financiamento próprio e de várias ilustres famílias baturiteenses, construiu no alto de um dos morros que dominam a cidade, um belo monumento à N. S. de Fátima, com 9 metros de altura, magnifica obra do escultor Pedro Odisio, e, na encosta do referido morro, uma grande Via Sacra Pública, obras de reconhecido mérito por seu significado religioso e cultural.

Em julho de 1952, foi agraciado pelo Papa Pio XII com a Comenda de Cavaleiro da Ordem de São Silvestre e, em janeiro de 1958, tornou a ser novamente agraciado, ainda pelo mesmo Papa, com a Comenda de Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, pelos relevantes serviços prestados à causa da Igreja.

E em 23.05.1976, por ocasião de seu nonagésimo aniversário de nascimento, foi alvo de significativas homenagens do povo e das autoridades Eclesiásticas e Civis do Estado e do Município, e, em particular, de sua numerosíssima família, cujos membros, vindos dos mais distantes recantos do Brasil, acorreram a Baturité e aqui realizaram um memorável encontro familiar.

Miguel Edgy Távora Arruda

Texto publicado na Revista do Instituto Histórico do Ceará, em1978 - Link, abaixo

https://www.institutodoceara.org.br/revista/Rev-apresentacao/RevPorAno/1978/1978-OsArrudasdeBaturite.pdf

Publicado, também, no Blog do Museu Comendador Ananias Arruda

Link, abaixo

http://blogdomuseucomendadorananiasarruda.blogspot.com/2019/11/por-miguel-edgy-tavora-arruda-os.html


ANANIAS ARRUDA – ORIGEM E PRIMEIROS TEMPOS

Nasceu Ananias Arruda a 23 de maio de 1886, na Freguesia de Santo Antônio do Aracati-Açu, Município de Sobral, no Estado do Ceará, sendo filho do Cap. Miguel de Arruda e D. Maria do Livramento Vasconcelos Arruda. Era neto paterno de João José de Arruda e Maria Quitéria de Jesus Lopes de Aguiar e materno de José Rodrigues de Vasconcelos e Francisca Bezerra de Araújo. Era bisneto, pelo lado paterno, do português Amaro José de Arruda e da paraibana Ana Maria da Conceição, e de Narciso Lopes de Aguiar e Maria Quitéria de Araújo Costa, e, pelo lado materno, de Domingos Rodrigues de Vasconcelos e Antônia Maria do Espírito Santo e de Joaquim Bezerra de Araújo e Tereza Maria de Jesus. 

Em julho de 1891, sua familia transferiu-se para Baturité, também no Estado do Ceará. Chegando à Baturité, com apenas cinco anos de idade, em companhia de seus pais e irmãos, Ananias Arruda cursou, sucessivamente, as Escolas Primárias do Professor Viana (Raimundo Joaquim da Silva Viana) e das Professoras Maria Maia e Maria Estelita. Frequentou, depois, o Ateneu Baturiteense dirigido pelos Professores Galdino Chaves e Luiz Gonzaga Gomes da Silva e o Colégio Nogueira do Professor Joaquim da Costa Nogueira, tendo concluído o Curso de Humanidades em Guaramiranga, em 1901, como interno, no Educandário mantido pelo Pe. Dr. João Augusto da Frota, Sacerdote de Grande cultura e saber, ordenado em formado em Roma, na Universidade Gregoriana.

Já no ano anterior, ainda como estudante e quando tinha apenas 14 anos de idade, juntamente com seus irmãos Antônio e Jeremias, os irmãos Vasco e Luiz de Gonzaga Furtado, Bezerra Filho, Júlio Severiano, Manoel Bezerra, Vicente Soares e outros, e sob a inspiração do então Vigário de Baturité, Mons. Manoel Cândido dos Santos, Ananias Arruda tomou parte, a 16 de dezembro de 1900, na fundação da Conferência Vicentina de São Luiz de Gonzaga, da qual foi o primeiro Presidente o seu futuro cunhado Luiz de Gonzaga Furtado e, posteriormente, ele próprio até o fim de sua vida. No ano seguinte, com apenas 15 anos de idade e ainda estudante, foi Ananias Arruda indicado pelo mesmo Vigário, para Professor e logo depois Diretor da Escola Paroquial do menino Deus para crianças pobres, fundada a 25 de agosto de 1901, cargos que exerceu e ocupou por muitos anos. 

Em 1902, concluído, o Curso de Humanidades, chamado então de “Preparatórios”, e não sentindo vocação para o Sacerdócio que o levaria para o Seminário, e nem inclinação para Direito ou Medicina, o que o levaria para o Seminário, e nem inclinação para Direito ou Medicina, o que o levaria para o Seminário, e nem inclinação para Direito ou Medicina, o que o levaria para as Academias de Olinda ou Salvador, decidiu-se Ananias Arruda pela atividade empresarial iniciando sua vida prática com apenas 16 anos de idade. Passando à atividade comercial, participou das firmas Antônio Arruda & Irmão, Arruda & Irmãos e Arruda & Filhos, como sócio de seus irmãos, Antônio, José e Vicente e de seu pai Miguel de Arruda. Procurando cumprir o preceito evangélico de vestir os nus, dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede e visitar os encarcerados, muito moço, ainda, Ananias Arruda dedicou-se a uma profícua atividade social e religiosa. Assim, além de participar da Conferência Vicentina de São Luiz de Gonzaga e ser Professor da Escola Paroquial do Menino Deus para crianças pobres, Ananias Arruda fundou, em 1904, quando ainda tinha 18 anos de idade, o Círculo Católico de Baturité, entidade Cultural e de Doutrinação. 

Tendo sido instituídas pelo Vigário Mons. Manoel Cândido dos Santos, desde 1898, a visita semanal aos presos da Cadeia Pública de Baturité, e a realização anual de sua Páscoa, encargos esses que o Vigário passou, em 1900, à Conferência de São Luiz Gonzaga, Ananias Arruda assumiu pessoalmente essa responsabilidade a partir de 1901, quando tinha apenas 15 anos de idade, o que fez até o fim da vida.

Miguel Edgy Távora Arruda

Texto publicado no Jornal “A Verdade” – Baturité-CE – Nº 2968 – 23 de maio de 1986, p. 3.


O APOSTÓLICO ANANIAS ARRUDA

Por Parsifal Barroso 
(Ex-Governador do Estado e Ex-membro do Instituto do Ceará)

Creio não chegar ainda a destempo com minha sentida homenagem ao notável cearense e vero apóstolo da Igreja, que foi o meu saudoso e inesquecível amigo, Comendador Ananias Arruda. Presto-a, aliás, quando já surgem os primeiros frutos da floração de graças, oriunda da sua vida eterna em Deus, como sempre o fez em sua benemérita vida de perfeito católico que soube ser, servindo de exemplo a todos quantos o admiravam sem poder segui-lo.

Notícia “A Verdade” nos seus últimos números, a ato criador da Fundação Comendador Ananias Arruda, destinada a manter o Museu que será encimado pelo seu nome venerando, e a sustentar esse baluarte da escassa imprensa católica, que é o semanário por ele fundado, para sustentar a verdade católica.

Sempre lhe disse que o considerava um Bispo leigo, pois suas obras apostólicas talvez não pudessem ser realizadas se Baturité fosse elevada a um bispado residencial. Agora que ele se foi para Deus gozando a verdadeira vida que não tem fim, relembro ao povo cearense que dentre suas inúmeras iniciativas, sempre destaquei a sequência benemérita dos 10 Congressos Eucarísticos Paroquiais que sua ardente fé eucarística o levou a realizar, fiel ao “nec laudare sufficis”, do “Lauda Sion”. 

Bem fez a Santa Sé em lhe conceder o privilégio de ter em sua residência a presença vital do nosso irmão Jesus Cristo de mais valia que as duas condecorações pontifícias com que foi agraciado pela Igreja e pelo Papa a quem serviu com extremos de dedicação, devorado pelo zelo apostólico. Transmiti-lhe essa convicção minha, na luminosa manhã em que o inesquecível D. Antônio Lustosa o condecorou em praça pública, tendo-me ao seu lado como Governador do Ceará que eu era, ao tempo em que fez jus a essa segunda e mais alta condecoração papal. Recordo-me de que não aceitou minha assertiva, por ser imenso o seu amor a Igreja, a ponto de ver como encantos amáveis aquelas condecorações de brilho inferior ao de sua forte e crescente fé eucarística.

Conservou-se impoluto e intrépido na sua convicção católica, mesmo quando se defrontou com as inovações e mudanças dos novos tempos, e sentiu ao vivo quão difícil e árdua se tornara a prática do bem em favor do próximo, e mais difícil ainda o alcance da justiça. Como já acentuei, espero muitas benesses da Fundação que se criou em Baturité, pois ela nasce sob o patrocínio daquele em cuja honra e memória funcionará, contando com as graças que o apóstolo Ananias Arruda garantirá em seu favor, na vida mais alta e mais pura em que se encontra, na bem-aventurança do “cernens facies”, em que sempre acreditou, sedento desse encontro. Vejo-o a se desdobrar, agora, no espaço e no tempo, através da Fundação que tem o seu luminoso nome de Apóstolo de Baturité e da diocese de Fortaleza.

Não choro sua morte, já de há muito esperada, porque ele sempre foi fiel à sua consciência católica e à sua herança cívica, bases de sua adamantina formação de líder católico e apóstolo da Igreja. Dirijo-me ao imortal Comendador Ananias Arruda, dentro do espírito de penitente oração em que vivo, fiel à mensagem de Fátima, sentindo e sabendo que ele continua à frente de Fundação, dentro do Museu e na direção de sua admirável “A Verdade”, verificando a tudo com as graças de sua alma de eleito de Deus.

N. R. – Artigo escrito e publicado por ocasião do falecimento de Comendador Ananias Arruda, a 26 de janeiro de 1980.

Publicado no Jornal “A Verdade” – Baturité-CE – Nº 2968 - 23 de maio de 1986. p.12.

Publicado, também, no Blog – memórias. Link, abaixo.

https://anamargarida-memorias.blogspot.com/2011/12/o-apostolico-ananias-arruda.html


COMENDADOR ANANIAS ARRUDA

Maria Julietta Távora de Arruda Monteiro
Sobrinha paterna, ex-aluna salesiana.

Neste enriquecido documentário do Jornal “A VERDADE” e dos registros do livro “COMENDADOR ANANIAS ARRUDA: um exemplo de vida cristã, política e social” de autoria de meu irmão, CLEMENTE OLINTHO TÁVORA ARRUDA, em dois volumes, que trata da vida gloriosa e brilhante do tio Ananias, eu achei que muito pouco, ou quase nada, foi dito do período de 23/05/1976, data do seu nonagésimo aniversário de nascimento a 26/01/1980, data de seu falecimento.

Acredito que as festividades comemorativas da passagem de seus 90 anos, foi o último evento social ao qual compareceu e participou. Depois deste “ENCONTRO DE FAMÍLIA E AMIGOS”, o tio Ananias decidiu viver recluso em sua modesta e simples residência, situada a Rua Tereza Cristina, nº 708 – CENTRO – Fortaleza-Ceará. Não mais frequentou às Igrejas para participar dos atos religiosos e passou a ter uma vida contemplativa em sua capela particular, onde permanecia horas em oração.

Corajoso e confiante na proteção de Deus, sempre se colocou a serviço da IGREJA, da FAMÍLIA e dos POBRES. Iluminou com sua FÉ, SANTIDADE, HUMILDADE E SABEDORIA a vida de todos que o procuravam e a sua VELHICE foi uma fonte de GRAÇA E BENÇÃO. Sempre foi muito lúcido e fez de sua residência o seu mundo solitário, mas, acima de tudo, sagrado e de oração.

 Revestido de serena paz, recebia, com afabilidade, alegria e simpatia, seus familiares e com eles falava das coisas de DEUS, de sua paixão de evangelizador, de sua fé, de sua energia e de seu zelo apostólico. Despojado de seus recursos financeiros, de suas propriedades rurais e outros bens materiais, vivia modestamente de uma aposentadoria da Previdência Social de valor mensal não superior a quatro salários. Em vida, distribuiu todo o seu patrimônio e fez significativas doações para beneficiar os pobres desabrigados, ordens religiosas, hospitais e tudo fazia com generosidade e desprendimento.

Sua condição financeira ficou tão precária que era visível a sua pobreza franciscana. O arcebispo de Fortaleza – Dom Aloisio Lorscheider, por ocasião de uma visita à sua residência, achou por bem convencê-lo a receber de volta uma propriedade – SÍTIO SÃO MIGUEL – BATURITÉ-CEARÁ – que havia recebido dele, em doação. Alegou Dom Aloísio, que a doação se destinava a uma reforma agrária, mas como não havia sido feita, não tinha sentido a Arquidiocese continuar com a propriedade. A venda deste sítio lhe assegurou uma fonte de renda razoável, necessária a sua manutenção de forma mais tranquila e estável.

TIO ANANIAS sempre recebeu atenções especiais de seus sobrinhos com destaque honroso para meu irmão – MIGUEL EDGY TÁVORA ARRUDA - que se colocou à sua disposição. Passava em sua residência todos os dias e tudo fazia para que nada lhe faltasse. Recebeu, também, cuidados especiais e afetivos de suas duas filhas adotivas – ROSINHA E LUIZINHA – e de DONA MOCINHA, que residia com a família há mais de 30 anos e que, embora doente, portadora de deficiência renal grave, era responsável pelos afazeres domésticos e alimentação da família. Nesta tarefa, DONA MOCINHA recebia a ajuda de sua filha ELITA.

No que diz respeito aos cuidados com a saúde, TIO ANANIAS não era portador de doença grave e o Edgy contava com suas duas filhas médicas e uma enfermeira – ANA MARGARIDA – CLÊIDE e FÁTIMA e seu sobrinho médico – ANTONIO CARLOS SANTOS OLIVEIRA que lá comparecia com frequência e atendia com muita disponibilidade qualquer chamado. TIO ANANIAS não se prostou, não perdeu sua lucidez e, assim, respeitados os limites impostos pela idade, viveu seus últimos dias. Sentia-se feliz e agraciado por DEUS. Na tarde do dia 26/01/1980, fomos chamados à sua residência. TIO ANANIAS não passava bem. Lá comparecemos: seu único irmão vivo, RAIMUNDO ARRUDA (meu pai), minha mãe, NOEMY TÁVORA ARRUDA, e alguns sobrinhos acorrendo ao chamado e todos ao redor de sua cama, em oração, faziam preces para que sua entrada no Paraíso fosse plena de luz e ELE recebesse o prêmio merecido que DEUS prometeu aos que lhe fossem fiéis. Meu pai e minha mãe, sentados ao seu lado, seguravam a mão do irmão querido que partia como um justo, herói do Evangelho e da Eucaristia, e que havia colocado em Jesus todas as suas esperanças e fé.

Grandes homens o mundo conheceu. Grandes homens enriqueceram com seus exemplos a IGREJA, a SOCIEDADE e o MUNDO. Nenhum deles foi tão audacioso, persistente, corajoso, capaz de ultrapassar todos os obstáculos, vencer todas as barreiras e limites para cumprir a missão evangelizadora de fé e de amor ao próximo que DEUS lhe confiou como meu tio. DEUS operou maravilhas em sua vida e sempre esteve presente tanto na calmaria como na turbulência. Sua vida é um exemplo para todos nós.  

TIO ANANIAS, obrigada pelo que você representou e representa para nossa família. No céu, rogue a Deus graças e bençãos especiais para todos nós que temos o privilégio de fazer parte de sua família.

Publicado no Blog “Memórias”. Link, abaixo

https://anamargarida-memorias.blogspot.com/2011/12/ananias-arruda-comendador-da-santa-se.html


FESTA NUPCIAL

Ana Margarida Furtado Arruda Rosemberg

Naquela manhã o sol despontou inundando de luz a cidadezinha pacata, encravada no sopé da serra de Baturité. Era o dia 17 de setembro de 1911. Na casa do Coronel Miguel de Arruda, um burburinho de regozijo pairava no ar. Tudo estava pronto para as núpcias de Ananias, o sexto filho do casal Miguel e Livramento. Festa de casamento na família já virara uma rotina, pois Ananias era o sétimo filho a contrair matrimônio. Entretanto, aquela festa se apresentava especial, já que o noivo contratara um fotógrafo de Fortaleza para registrar tão auspicioso acontecimento. Fotografia era novidade, nos idos de 1911, em Baturité, e todos estavam ansiosos para conhecer o novo invento que captava e congelava a imagem das pessoas. 

A família crescera muito, desde que o Coronel Miguel de Arruda chegara à Baturité, em julho de 1891, com sua esposa, sua sogra, duas cunhadas e sete de seus filhos. Nasceram mais três filhos; João, o primogênito, casara-se com Mariana, em 1898, e era pai de cinco filhos; Vicente casara-se com Joana, em 1901, e não tinha filhos; José casara-se com Esther, em 1907, e, na ocasião, tinha um filho; Antônio casara-se com Júlia, em 1904, e já tinha cinco filhos; Jeremias casara-se com Margarida, em 1909, e era pai de um filho; Adelina, um ano mais nova que Ananias, casara-se, em 1905, com Luiz, e era mãe de cinco filhos; Eurico, Raimundo e Mimosa eram solteiros. 

Ananias, o noivo, um jovem de 25 anos, encantara, com seu olhar sonhador de um azul profundo, uma bela adolescente e dela se encantara, também. A noiva, Ana, filha de Custódio e Águida, possuía uma beleza quase angelical, no desabrochar dos seus 16 anos. A cerimônia de núpcias, celebrada pelo Monsenhor Manoel Cândido, tio da noiva, foi pela manhã na Matriz de Baturité. O cortejo saiu da casa de Miguel de Arruda com todos os familiares do noivo e da noiva, além dos convidados. O vestido branco de brocado, fechado até o pescoço e ornado com pedrarias e joias, realçava o candor virginal de Ana. A cintura bem fina, marcada com uma rosa, dava-lhe, paradoxalmente, um toque sensual. Uma grinalda de pedras preciosas prendia o véu de tule de seda que, ao mesmo tempo, escondia e destacava a beleza da noiva. Ana estava radiante como Ishtar, antiga deusa do Amor, que foi coberta por um véu de vapores da terra e do mar, ao surgir das profundezas. O noivo, Ananias, elegantemente vestido de fraque preto, camisa e luvas brancas, trazia no olhar energia e determinação. 

Após a cerimônia, os noivos receberam os cumprimentos na casa de Miguel e Livramento e todos festejaram aquela união. Chegada a hora da fotografia, os 39 membros da família posicionaram-se e observaram a máquina que tinha um formato de caixa com um pano preto. O fotógrafo olhou o grupo, através dela, com o pano sobre a cabeça. Depois, pediu para que todos ficassem imóveis. Quando ele percebeu que estavam todos em seus lugares e imóveis, abriu o diafragma e expôs por alguns segundos a chapa fotográfica. Depois, fechou o diafragma e a fotografia foi tirada para a posteridade. Os noivos foram fotografados. Ele sentado e ela, ao seu lado, em pé, como era costume da época. As seis noras do casal Miguel e Livramento, todas em pé, lado a lado, foram fotografadas, também. 

Quando se casou com Ana, Ananias já desenvolvia uma profícua atividade sociorreligiosa. Com apenas 14 anos, tomou parte da fundação da Conferência de São Luiz de Gonzaga. Com 15 anos, ainda estudante, foi professor e, logo depois, diretor da Escola Paroquial do Menino Deus, para crianças pobres. Concluiu seu curso de humanidades, em 1902, com 16 anos, iniciando sua vida profissional na firma dos irmãos Antônio, José e Vicente. Em 1904, com 18 anos, fundou o Círculo Operário Católico de Baturité. A visita semanal aos presos da Cadeia Pública de Baturité e a Páscoa anual, Ananias realizou desde a idade de 15 anos até o fim de sua vida. Sua união com Ana foi amalgamada com um amor que perdurou para sempre. Ele, movido por este amor e pela fé indômita, que sempre o acompanhou, realizou grandiosas obras durante sua longa e abençoada existência.

Fortaleza, 16 de dezembro de 2011.

Texto publicado no Blog “Memórias” Link, abaixo.

https://anamargarida-memorias.blogspot.com/2011/12/festa-nupcial.html


A FUNDAÇÃO DO JORNAL “A VERDADE”

Miguel Edgy Távora Arruda

Segundo o Historiador Pedro Catão, em trabalho publicado em “A VERDADE” de 12 de fevereiro de 1922, o primeiro jornal que se publicou em Baturité foi “O Aracoiaba”, aparecido em 1873, editado por Miguel Joaquim Fernandes Barros. Seguiram-se em 1876, “O Baturité” editado pelo Dr. Domingos Carlos Gerson de Saboya e, depois, Amaro Cavalcante; em 1879, “A Ordem”, redatoriado pelo Dr. Antônio Pinto de Mendonça e, posteriormente, pelo Dr. Amaro Cavalcante e, nos anos seguintes, muitos outros num total de 93 publicações, algumas de vida efêmera e outras de duração pouco maior, dentre as quais há que destacar “O Município” do Prof. Galdino Chaves, que surgiu a 15 de março de 1900 e começou a publicar-se em Fortaleza, adquirindo depois oficina própria e um prelo “Marinoni” de fabricação francesa. Foi nessa oficina que se publicou, em 1903, “O Canindé”, primeiro jornal daquela cidade, editado por Cruz Filho e seus primos Augusto Rocha e Thomás Barbosa.

Em 1914, por aquisição do Cel. Francisco Cordeiro de Souza, veio para Baturité outra oficina tipográfica onde se imprimiu o “Correio da Semana” de J. Castellar e, em 1916, “O Momento” de Júlio Severiano. Foi nessa oficina que começou a ser impresso o jornal “A VERDADE” fundado por Ananias Arruda a 8 de abril de 1917, caracterizado como órgão do Círculo Católico, entidade cultural e de doutrinação fundada, também por ele, em 1904, quando tinha apenas 18 anos de idade. Pouco depois, Ananias Arruda adquiriu a oficina e o prelo “Marinoni” de “O Município” que fora para Fortaleza, retornando então, definitivamente, para Baturité e que ainda hoje imprime o nosso jornal com as deficiências compreensíveis numa oficina de tipos móveis e um prelo manual com tantos anos de uso. 

Em 1917, Ananias Arruda teve a inspiração de fundar um jornal sério, imparcial e de doutrinação católica, em contraposição a inúmeros outros periódicos que proloferaram em Baturité na segunda metade do século passado e no começo deste século e que, muitas vezes, se digladiavam ao sabor das paixões político-partidárias, descambando, quase sempre, para o terreno dos ataques pessoais.

Para tanto, contou Ananias com o apoio e o incentivo do Vigário em então, Mons. Manoel Cândido dos Santos, logo designado Diretor Espiritual do novo periódico e a quem coube escrever o artigo de apresentação de seu 1º número. Nos trabalhos redatoriais, Ananias passou a ser auxiliado por dois de seus irmãos: Vicente, recém-chegado do amazonas, onde colaborara como comentarista em vários jornais de Manaus, e Eurico que, moço ainda e poeta irreverente, editava dois pequenos jornais satíricos: “O Maldito” e “O Diabo a Quatro” em que publicava os seus famosos “Testamentos de Judas” ironizando a vida e os hábitos das personalidades mais em evidência na época, gerando protestos junto ao irmão mais velho, Ananias.

E é este jornal que, no dia 8 de abril, completou 69 anos de publicação ininterrupta, semanário enquanto viveu Ananias, mensário desde quando passou oficialmente a ser editado sob a nossa direção, sempre de distribuição gratuita, tradição que vem dos seus primeiros tempos e que procuramos manter como uma homenagem ao seu Fundador e Diretor. Foi esta, sem dúvida, a maior e mais duradora realização cultural do Comendador Ananias Arruda.

Texto publicado no Jornal “A Verdade” – Baturité-CE – 23 de maio de 1986, p. 7, Nº 2968 


ANANIAS ARRUDA, 1886-1986

 Luís Sucupira

Texto acessível no link, abaixo.

https://www.institutodoceara.org.br/revista/Rev-apresentacao/RevPorAno/1986/1986-AnaniasArrudaCentenario.pdf


Ler Mais

Liliane Rocha, renomada especialista de diversidade, relança o livro: “Como ser uma Liderança Inclusiva”

A obra anterior, lançada em 2017, foi revisada e ampliada para trazer conceitos inovadores e tendências sobre diversidade que terão impacto no mundo corporativo e em toda a sociedade brasileira. Como uma das mais proeminentes especialistas e autoridades em Diversidade e Inclusão, que vivencia a mudança constante e veloz do mundo globalizado e lançando luz sobre o novo estágio de amadurecimento da valorização da diversidade das empresas, Liliane Rocha, CEO e Fundadora da Gestão Kairós, decidiu se debruçar sobre sua obra Como ser um Líder Inclusivo, escrita em 2013, lançada em 2017 e que foi base estruturante para o entendimento da temática no Brasil, sendo um dos primeiros livros sobre o tema no mercado nacional. 

Como resultado desse período de imersão e reavaliação do conteúdo editorial do livro anterior, a executiva relança a sua obra em uma versão ampliada e revisada, agora com um novo título “Como ser uma Liderança Inclusiva”, editado e distribuído pela Scortecci Editora. O livro traz uma perspectiva disruptiva de temas que sequer estão sendo discutidos na atualidade, antevendo as principais tendências de Diversidade e Inclusão do mercado. 

Essa nova edição é uma jornada inspiradora e transformadora, na qual Liliane Rocha traz abordagens atuais que elevam os debates sobre a Gestão da Diversidade a patamares mais estratégicos dentro das empresas. Dinâmica, inovadora e vanguardista, a autora reforça que, para uma transformação efetiva, é preciso que empresas, instituições e indivíduos, mais do que vontade, tenham o real comprometimento com um conceito que ela desenvolveu ao longo de sua carreira, a partir de uma perspectiva corporativa sobre Diversidade, como a Gestão de Pessoas, de Processos e de Orçamentos dentro da temática.

Com cinco novos capítulos, em suas mais de 130 páginas, o livro “Como ser uma Liderança Inclusiva” trata não só de Diversidade no mundo corporativo, mas principalmente a aborda como uma questão inerente ao ser humano e que, por isso, deve ser compreendida de forma multidisciplinar por todas as pessoas. Para ilustrar essa mudança de paradigma, há um espaço dedicado na obra para falar sobre “o homem branco como sujeito universal”! Segundo Liliane, “o homem branco heterossexual cisgênero está de tal forma no centro da narrativa social que, historicamente, temos falado de diversidade reforçando os dados e narrativas de negros, mulheres, LGBTQPIAN+, pessoas com deficiência e demais grupos de diversidade, tratando a importância da inclusão pela alteridade do sujeito, que hoje já é uma figura central na liderança, postos de poder e espaços sociais”.

São relatos de vivências pessoais e aprendizados de Liliane Rocha que, a partir de seus marcadores identitários, enquanto mulher e negra, tendo de superar muitos desafios, ao longo dos mais de 18 anos de carreira profissional, seja como executiva global ou como empreendedora à frente de uma das maiores consultorias de diversidade e inclusão da América Latina, a Gestão Kairós. Todo esse conhecimento está sistematizado na obra e certamente vai inspirar e apoiar outras lideranças para que suas jornadas em busca da efetiva Gestão da Diversidade sejam exitosas. 

A versão anterior do livro, intitulado Como ser um Líder Inclusivo, se tornou uma leitura obrigatória para lideranças do alto escalão das empresas, como também para diversos profissionais, estudantes ou outras pessoas interessadas em compreender a temática sob a ótica empresarial, conhecimento que hoje já é compreendido como uma competência para o presente e futuro do trabalho. Contabilizando mais de 4 mil exemplares vendidos, o livro anterior foi adquirido por cerca de 40 empresas que, comprometidas com a Gestão da Diversidade em suas estratégias de negócios, decidiram presentear seus funcionários e lideranças com exemplares da obra. 

A ideia desse relançamento surgiu a partir da minha percepção de que, nos últimos anos, houve uma ampliação de conhecimento e de entendimento por parte das empresas sobre os atributos que a Diversidade traz para os negócios, mas, que ainda assim, continuam tendo dificuldades em avançar nesse processo. Com base na minha experiência e conhecimento, trago o conceito vanguardista de que ‘Diversidade é Gestão’, e que sem isso não é possível alcançar novos patamares na jornada de inclusão. Em um dos novos capítulos, compartilho informações e provoco reflexões sobre esse tema e inspiro lideranças para que busquem atuar com gestão de processos, pessoas e orçamento, pois sei que sem gestão as iniciativas não avançarão concretamente”, explica Liliane Rocha, CEO e Fundadora da Gestão Kairós e Conselheira de Diversidade.

O livro está sendo comercializado por R$ 45,00 – pelo site da Scortecci Editora – na Amazon, na Estante Virtual, no Magazine Luiza e na Livraria Martins Fontes Paulista. A obra também está disponível em sua versão digital para o Kindle.

Sobre a autora e especialista: 

Liliane Rocha é Fundadora e CEO da Gestão Kairós – Consultoria de Sustentabilidade e Diversidade. Especialista Influenciadora com 18 anos de carreira em grandes empresas, tendo atuado como Executiva Global (Brasil, Peru, Colômbia, China e EUA) na Votorantim Metais, Walmart, Real e Philips. 

Conselheira Consultiva de Diversidade da Ambev, Vivo, do Conselho do Futuro do IBGC (2022-2023), Impacto - CEOs Legacy Fundação Dom Cabral (2018-2022), Novelis do Brasil (2021-2022) e Moove (2022).

Docente na Pós-Graduação na FIA/USP, Professora Influenciadora na Pós-PUCPR. Mestre em Políticas Públicas e MBA Executivo em Gestão da Sustentabilidade pela FGV. Especialização em Gestão Responsável para Sustentabilidade pela Fundação Dom Cabral, e Relações Públicas pela Cásper Líbero.

Reconhecida como LinkedIn Top Voice 2023, como uma das 50 Mulheres de Impacto América Latina 2022 pela Bloomberg Línea, e por quatro vezes como uma das 101 Lideranças Globais e mais Proeminentes de Diversidade e Inclusão pelo World HRD Congress. Colunista da Época Negócios (Diversifique-se), da VOGUE (Negócios), do InvestNews (ESG News com Liliane Rocha), da Revista Raça e conteudista do Quebrando o Tabu.

Autora dos livros “Como ser um líder inclusivo” e “Como ser uma liderança Inclusiva”. Detentora Oficial no Brasil do termo e conceito Diversitywashing – Lavagem da Diversidade – desde 2016, devidamente registrado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial sob nº 914651994.

COMPRAR

 
Para mais informações ou entrevistas com a autora, entre em contato com: 

Hedy Boscolo (11) 96193-7601 – hedyboscolo@gmail.com


Ler Mais