‘A literatura da periferia é um mercado paralelo’, diz organizadora da Festa Literária do Grajaú

Mural - Rômulo Cabrera - 18/3/2019 | 

A partir desta terça-feira (19) tem início a primeira Festa Literária do Grajaú (Flig), com uma série de atividades artísticas e culturais em cinco CEUs (Centros Educacionais Unificados), e no Centro Cultural Grajaú, na zona sul de São Paulo.

Organizada pela professora Michele Santos, 38, professora da rede estadual e mediadora do sarau Sobrenome Liberdade, pela bibliotecária Cíntia Mendes, 32, além de outros bibliotecários dos CEUs da região e agitadores culturais do Grajaú, a Flig busca trazer experiências de outras feiras literárias do país, mas pensada para atender autores do extremo sul de São Paulo. Ao todo, dez pessoas têm ajudado na organização do evento.

“Acho que uma das coisas mais difíceis para quem escreve na periferia é buscar essa legitimação”, comenta Michele. “Ter a união de todas essas pessoas que estão fazendo coisas interessantes na região ajuda a legitimar esse trabalho e a privilegiar todos esses artistas”, completa Cíntia.

Ao longo dos cinco dias de evento, a Flig promoverá quatro mesas de debates, mais de cinco oficinas, saraus, encontros com escritores, exposições e shows com artistas locais. Esta primeira edição homenageia Adélia Prates, figura importante do Grajaú pela militância pelos direitos das mulheres há mais de 30 anos.

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