Terra - Maria Fernanda Rodrigues - 19/3/2019 |
Jornalista, biógrafa de Jorge Amado e ex-curadora da Flip, Joselia Aguiar assume a direção da segunda maior biblioteca do País e quer ampliar a programação cultural e garantir a presença de todos os tipos de literatura na agenda
Depois de dois anos à frente da curadoria da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) e quatro meses após o lançamento da biografia que escreveu de Jorge Amado, a jornalista Joselia Aguiar pensou que passaria um tempo tranquila, cuidando da tese de doutorado que ela entrega em outubro. E então veio o convite de Erika Palomino, nova diretora do Centro Cultural São Paulo, para ela ser curadora de literatura do espaço. Joselia aceitou de pronto e, duas semanas depois, ainda se ambientando, mas feliz com a nova função, recebeu o recado: Alê Yussef, secretário municipal de Cultura, queria falar com ela.
E veio o segundo convite. Desde o dia 25 de fevereiro, Joselia Aguiar é diretora da Biblioteca Mário de Andrade - na sucessão de Charles Cosac, que pediu demissão em 15 de janeiro, depois de dois anos no cargo.
"Vou fazer o possível para reconectar a Mário de Andrade com a literatura, a mais plural possível", assim ela resume, em entrevista ao Estado, seus planos para a segunda maior biblioteca do País. Cosac e Luiz Armando Bagolin, diretor entre 2013 e 2016, tinham uma ligação mais próxima com as artes visuais - tanto que um dos espaços mais bonitos do prédio, a antiga sala de leitura com portas para a Praça Dom José Gaspar, tinha perdido sua vista com a instalação de paredes para a realização de exposições. Dar um uso mais amplo para o local foi uma das primeiras ideias de Yussef para a biblioteca, conta Joselia.
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