Em tempos de crise, ideias criativas fazem a literatura circular pelo Brasil

UOL - Maria Fernanda Rodrigues - 02/12/2018 |

Bernardo Napolitano não conseguia dormir se seus pais não contassem uma história para ele. "Eles contavam, mas queriam descansar e eu ficava chorando, pedindo mais, e acabava conseguindo", relembra o garoto que hoje, aos 12 anos, mantém o hábito de ler à noite. Agora, sozinho.

Apenas 33% da população brasileira teve, como Bernardo, alguém que o incentivasse a ler. Para 15%, essa pessoa foi a mãe ou responsável do sexo feminino (11%) e o pai ou responsável do sexo masculino (4%). Os dados são da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2016), que diz ainda que 44% da população não lê e 30% nunca comprou um livro.

Quando o Colégio Albert Sabin pediu que seus alunos (tem até o Ensino Médio) mergulhassem nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU e criassem projetos relevantes, a ideia de uma biblioteca foi natural para Bernardo, e foi fácil convencer os amigos Leonardo Jun, Pedro Baccalá e Rafael Romano. Houve um prêmio no final, e a Biblioteca Social Colaborativa dos meninos, instalada em uma das 10 geladeiras que iriam para o lixo e que eles ganharam de uma fábrica de sorvete, e que hoje funciona no pátio da Emef Conde Luiz Eduardo Matarazzo, pertinho do Albert Sabin, venceu.

Ler Mais: UOL