A pesquisa Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro ano-base 2019, coordenada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e executada pela Nielsen Book passa agora a ser feita anualmente, da mesma forma que a Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, divulgada em junho. No futuro, será possível também uma série histórica sobre toda a performance do conteúdo digital, o que já acontece, há 14 anos, com a Produção e Vendas. O estudo pesquisou a produção e o faturamento de e-books, audiolivros e outras plataformas de distribuição de conteúdo. A receita do mercado editorial com estes formatos em 2019 foi de R$ 103 milhões, um crescimento de 140% em três anos quando comparado com o Censo Digital de 2016. Isso significa um aumento real de 115%, considerada a variação do IPCA no período.
O conteúdo digital foi pesquisado em três categorias: Ficção (literatura infantil, juvenil, jovens adultos, literatura geral, poesia, ...), Não-ficção (biografias, ensaios, autoajuda negócios, espiritualidade, religião, ...) e Científico-Técnico- Profissional (CTP). Do faturamento total, R$ 71 milhões foram de unidades vendidas e R$ 32 milhões de outras plataformas, como assinatura e biblioteca virtual. Nas vendas em unidades, as categorias de Ficção e Não-Ficção representam 60% do total, e CTP 40%.No total, foram vendidas 4,7 milhões de unidades, sendo 96% e-books e 4% audiolivros. Sobre o faturamento de unidades vendidas, 99% foram e-books.
A pesquisa aponta que o acervo digital total é de 71 mil títulos. Em 2019, foram lançados 8,9 mil novos títulos onde 92% são e-books e 8% audiolivros.
O estudo preenche uma lacuna que havia no mercado. Com os dados pesquisados, o setor, a imprensa e até os consumidores poderão entender como se dá a produção, a venda e os principais tipos de conteúdos digitais no Brasil. São importantes considerações para a análise do presente e tendências futuras da indústria.
Lis Castelliano
Gerente Executiva do SNEL