Ignácio de Loyola Brandão é eleito imortal da Academia Brasileira de Letras

Estadão - Maria Fernanda Rodrigues - 14/3/2019 | 

Em 2016, às vésperas de completar 80 anos, Ignácio de Loyola Brandão ganhou o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras a um escritor pelo conjunto da obra. Seu nome logo surgiu como um possível candidato a uma eventual vaga na ABL – mas ele não quis. De lá para cá, três escritores, um cineasta e um jurista foram eleitos imortais. A instituição tem 40 membros e uma nova eleição é convocada quando um deles morre.

Eu nunca tinha pensado em me candidatar, achava que não era para mim. Mas é para mim, também. Quero abraçar o mundo com as mãos, com os pés. Não sei quanto tempo mais eu tenho, mas sinto uma vontade tão grande de chegar lá em cima e esse era mais um passo, mais um degrau subido. E se vierem outros eu vou subindo, nem que sejam os da Penha”, brincou o escritor em entrevista ao Estado assim que soube que tinha sido eleito, por unanimidade, aos 82 anos, o novo imortal da Academia Brasileira de Letras.

A eleição foi realizada na tarde desta quinta-feira, 14, e Loyola Brandão concorreu com outros 11 candidatos – nenhum com sua trajetória reconhecida pela crítica e pelo público – à vaga do jurista Helio Jaguaribe, morto em setembro.

Eu abri caminho para muita gente nova e chegou este momento em que pensei: por que não ser reconhecido pelo que fiz e pelo que estou fazendo?”, comentou o escritor que nasceu em Araraquara em 1936.

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