Folha da Região - 13/3/2019 |
O brasileiro lê pouco e, no geral, lê mal. De acordo com levantamento divulgado no ano passado pelo Banco Mundial, os estudantes brasileiros devem demorar mais de 260 anos para atingir a qualidade de leitura dos alunos de países desenvolvidos. Se os índices de educação, a partir dos dados do Programa de Avaliação de Alunos (Pisa), não forem alavancados, os números apontam para uma longeva crise de aprendizagem no Brasil.
Como um profissional ligado à educação, fico preocupado em me deparar com a realidade de que 44% da população brasileira não lê e 30% nunca comprou um livro. Vejo, no meu cotidiano profissional, o quanto os profissionais de ensino têm trabalhado para incentivar da leitura nas novas gerações. Fazem isso a despeito da ingrata concorrência com as novas tecnologias.
Alguém pode argumentar que por meio dos aplicativos de troca de mensagens e pelas redes sociais, as crianças e os jovens têm sido obrigados a deparar com mais frequência à obrigatoriedade de lidar com as palavras. Mas, esta quantidade não tem, necessariamente, compromisso com qualidade. Não raro, são textos tão mal escritos que a decodificação requer criatividade e desapego ao entendimento por meio de pontuação minimamente necessária.
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