A Casinha de Livros quer elevar o interesse pela leitura no Brasil a partir das escolas

3M - Giovanna Riato - 27/3/2019 | 

A leitura aparece só em 10º lugar entre as atividades preferidas dos brasileiros, atrás de assistir televisão, ouvir música ou passar tempo no Facebook. Para transformar este cenário apurado pela pesquisa do Ibope feita em 2018, nasceu a Casinha de Livros, projeto que espalha mini bibliotecas por escolas públicas do Brasil. “São espaços lúdicos, feitos para fomentar o interesse pela leitura fora da sala de aula em crianças e adolescentes de seis a 14 anos”, conta Kátia Rocha, CEO da Rede Educare, empresa que trabalha com o fomento de projetos de impacto social e criou o conceito da Casinha de Livros em 2015.

“Entendemos que a leitura é uma questão social no Brasil. A pesquisa do Ibope mostra que 30% das pessoas nunca compraram um livro. Estamos 260 anos atrás dos países mais ricos quando se trata do hábito de ler e muitas escolas não contam nem com biblioteca”, diz. O conceito do projeto é simples e, segundo ela, eficaz: levar livros legais às escolas, coisas que despertam o interesse e não chegariam por outro meio, como a viciante série do Harry Potter ou o Diário de um Banana. Kátia fala a respeito:

“Muitas crianças já pensaram em ter uma casinha de boneca. Aproveitamos isso, mas recheamos ela de livros”

Cada unidade tem mil edições sobre os mais variados temas. Além dos campeões de leitura, há obras que levantam discussões necessárias à sociedade como o respeito às diferenças, empoderamento feminino, meio ambiente, culturas tradicionais indígenas e africanas e questões de gênero. Tudo sem polêmica desnecessária, apenas com informação e conhecimento, diz a fundadora do projeto. “Há também jogos de tabuleiro, livros em braile e áudio books. A ideia é instigar os alunos e atender aos interesses da escola”, complementa.

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