Academia Brasileira - 11/09/2018 |
O Acadêmico, jurista, sociólogo e escritor Helio Jaguaribe faleceu na noite do dia 9 de setembro, domingo, em sua residência, no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, vítima de falência múltipla dos órgãos. Seu corpo será velado na Sala dos Poetas Românticos, no Petit Trianon, a partir das 10 horas de quarta-feira, dia 12. O sepultamento está previsto para o mesmo dia, às 15 horas, no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista, em Botafogo. O Acadêmico deixa viúva, Maria Lucia Charnaux Jaguaribe, e cinco filhos, Anna, Roberto, Claudia, Beatriz e Isabel.
O Presidente da ABL, Marco Lucchesi, assim que foi informado do falecimento do Acadêmico, determinou que a bandeira da Academia fosse hasteada a meio mastro e afirmou: “Helio Jaguaribe foi um dos últimos grandes intérpretes de nosso país. Estudou o Brasil para transformá-lo, mediante uma abordagem desenvolvimentista, com a fundação do Iseb (Instituto Superior de Estudos Brasileiros), nos anos cinquenta”.
Marco Lucchesi disse, ainda, que “para Helio Jaguaribe, ação e pensamento permanecem indissociáveis, como Darcy Ribeiro e Celso Furtado, que o precederam na cadeira 11 da Academia Brasileira de Letras. Cientista político de alta erudição e consciência vigilante, deixou obra vasta e criativa. Cito apenas dois títulos: A dependência político-econômica da América Latina, verdadeiro clássico na área, e Um estudo crítico da história, divisor de águas da interpretação do processo histórico publicado em nosso país. Homem de gestos largos e entusiasmado, Helio continua vivo pelas virtudes de sua obra, saudosa do futuro”.
Nono ocupante da Cadeira nº 11 da ABL, Helio Jaguaribe foi eleito em 3 de março de 2005, na sucessão de Celso Furtado, e recebido em 22 de julho de 2005, pelo Acadêmico Candido Mendes de Almeida.
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