SNEL - 22/08/2018 |
Apesar de eventos turbulentos de alto impacto na atividade econômica do país e da crise que o setor editorial enfrenta, as vendas de livros no país fecharam o primeiro semestre de 2018 com saldo positivo.
O acumulado de 2018** mostra crescimento de 5,24% em volume e de 9,97% em faturamento, em comparação ao mesmo período em 2017. O resultado é explicado pelo bom desempenho identificado nos cincos primeiros períodos deste ano, que apontavam para um cenário de faturamento na casa dos dois dígitos e que puxaram para cima o balanço do semestre.
A sequência positiva, no entanto, foi interrompida pela crise nos transportes, que afetou a performance das vendas no 6º período.
O 7º período* continuou em retração: a época coincidiu com a realização da Copa do Mundo e a primeira quinzena de férias escolares, apresentando o pior desempenho do ano do setor, com queda de -9,28% nas vendas em volume e de -3,19% em faturamento, comparado ao mesmo intervalo no ano passado.
“Além dos fatores macroeconômicos e sazonais, não podemos perder de vista o impacto causado pela própria crise dentro do setor, que vem alterando o comportamento de vendas no varejo nos últimos dois meses”, aponta Ismael Borges, gestor de Bookscan da Nielsen Brasil.
Para o presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Marcos da Veiga Pereira, chama atenção a redução do número de ISBNs no 7º período, que indica uma menor bibliodiversidade. “A crise das principais redes de livrarias no Brasil tem feito o mercado se adequar, com a diminuição do número de lançamentos. Evidentemente, isto tem impacto nas vendas, mas precisamos continuar a trabalhar na valorização do livro para reverter este quadro a médio prazo”, afirma.
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