G1 - Patrícia Belo - 03/05/2018 |
A leitura proporciona momento de relaxamento aos humanos e pode ser uma alternativa para acalmar os animais. Em Coronel Fabriciano, acadêmicos de Ciências Biológicas e Medicina Veterinária estão realizando um projeto de leitura diária para uma fêmea de logo-guará, que vive no Centro de Biodiversidade da Usipa (Cebus), em Ipatinga. O animal que recebeu o nome de Lobinha chegou ao local em agosto de 2017.
O objetivo é reduzir o estresse do animal no momento em que os funcionários estão dentro do cativeiro realizando alimentação, medicação e a limpeza do ambiente. “A ideia é fazer com que os animais silvestres se acostumem com a presença de uma pessoa junto deles no cativeiro. Isso facilita na hora de ir medicar e alimentar. No caso da Lobinha isso será muito positivo, uma vez que ela já tem noves anos, está mais velha e precisa com mais frequência de cuidados, o que requer a companhia de funcionários diariamente”, explicou a bióloga Cláudia Diniz que trabalha no Centro de Biodiversidade da Usipa.
Os alunos fazem leitura de clássicos da literatura brasileira e em seguida é feita uma espécie de resenha, com o resumo sobre a obra. O processo completo de condicionamento do animal deve ser concluído em fevereiro de 2019.
“O comportamento da Lobinha normalmente é o mesmo quando estamos dentro do recinto, ela fica nervosa nos primeiros minutos e fazendo o mesmo trajeto a todo momento. Depois, ela se acalma e deita para ouvir as histórias”, disse o estudante Wellerson Martins Souza, do sétimo período de ciências biológicas.
O estudante ainda explica que eles também fazem um trabalho com os funcionários do Cebus, que cuidam dos animais diariamente. “O estresse em animais silvestres pode levá-los ao óbito. Por isso é tão importante trabalhar o condicionamento para que o bicho acostume com a voz das pessoas e passa ver o tratador com bons olhos”.
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