Ministério da Educação - 18/04/2018 |
Há cinco anos, o incentivo à leitura entre as crianças tem sido um dos pilares principais da Escola Classe 308 Sul, em Brasília. O projeto, que tem dois nomes – “Era uma vez” e “Sacola literária” –, consiste em emprestar um livro ao aluno, deixar que ele aproveite o conteúdo durante o final de semana e, a partir dessa vivência, criar espaço para discutir, em sala de aula, o que foi lido nos dias anteriores. O trabalho incorpora a meta do Dia Nacional do Livro Infantil, comemorado no país em 18 de abril.
A coordenadora pedagógica da escola, Luciara de Sá, conta que o projeto nasceu de reuniões com um grupo de professores que identificaram a carência de leitura dos alunos. “Hoje, vejo o quanto é gratificante, mas a nossa maior dificuldade foi fazer com que os pais incentivassem a leitura em casa”, diz. “Quando isso não acontecia, o aluno se sentia deslocado em sala ao perceber que somente ele não tinha entrado na brincadeira e não participaria do debate. ”
Atualmente, esse problema não existe. A biblioteca é um grande estímulo, oferecendo acervo com títulos consagrados, como Romeu e Julieta dos Quadrinhos, de Maurício de Sousa; e, da safra internacional, os livros da coleção Harry Potter, da escritora e roteirista britânica J. K. Rowling; Diário de um banana, de Jeff Kinney; e Diário de uma princesa, de Gary Marshall. O objetivo é fazer com que os alunos contem suas experiências e despertem a curiosidade uns dos outros. Assim, todos experimentam as histórias lidas pelos colegas.
“Eles precisam ler aquilo de que gostam, e ver o colega comentando é o principal incentivo”, explica Luciara. “Fico muito feliz, pois, além disso, vejo que eles cuidam muito bem de todos os exemplares. ” Os volumes são acondicionados em sacolas que, inicialmente feitas de plástico e TNT, hoje são confeccionadas pelos próprios alunos e professores em algodão, material resistente e ecologicamente correto. “Conseguimos evoluir nisso também”, comemora a coordenadora.
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