Galileu - 05/06/2017 |
De acordo com estudo publicado no Heritage Science, daUniversidade Pública de Londres, o cheiro de livros antigos é, predominantemente, de café e chocolate. Especialistas montaram um esquema para identificar odores do passado e diagnosticar a deterioração dos livros.
Matija Strlič, líder do projeto, idealizou o estudo quando percebeu que pesquisadores de obras antigas costumam cheirar os livros que estão analisando. Segundo eles, muito pode ser descoberto ao sentir o odor do papel. “Pensei que poderíamos desenvolver uma técnica mais precisa que o nariz humano”, afirmou Strlič, que é químico, ao Popular Science.
Livros liberam compostos orgânicos voláteis, que são identificados e classificados pelo cérebro. Essas substâncias também podem ser detectadas por máquinas — as mesmas que identificam drogas e explosivos.
Além disso, Strlič começou a trabalhar com a especialista Cecilia Bembibre para procurar traços afetivos que os aromas podem proporcionar. Não foi surpresa quando a maioria dos entrevistados afirmou lembrar de chocolate ao cheirar os livros: “Você tende a usar associações familiares para descrever o cheiro quando os desconhece”, afirma Bembibre. “Os compostos do chocolate e do café parecem ser bem próximos aos dos livros”.
Bembibre também desenvolveu uma forma dos pesquisadores e bibliotecários conseguirem identificar o cheiro que vem dos livros mais facilmente. De acordo com ela, relacionar o aroma que estão sentindo com o nome do composto pode ajudar a caracterizar o cheiro mais facilmente.
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