Flipoços bate recorde de público e fecha edição de 2017 com R$ 1 milhão em vendas

G1 - Lara Silva e Samantha Silva - 09/05/2017 |

A 12ª edição do Festival Literário de Poços de Caldas (Flipoços-MG), que terminou no domingo (7), bateu recorde de público esse ano. Segundo levantamento feito pela GSC Eventos, empresa que organiza o festival, cerca de 70 mil pessoas passaram pelo evento.

A expectativa da organização era de 50 mil. Durante os nove dias, os palestrantes falaram sobre felicidade, corrupção e causaram polêmica em suas declarações, além das vendas de livros e apresentação de novos escritores.

A edição deste ano do Flipoços começou no dia 29 de abril, e até 7 de maio foram mais de 120 atividades gratuitas, com 80 convidados da literatura. O primeiro fim de semana do evento teve a presença de Milton Hatoum, escritor escolhido para ser o patrono do festival em 2017.

“Eu aceitei [o convite] porque gosto de Minas, gosto de Poços, tenho ótimos leitores em Minas. Para mim, é uma honra ser o patrono da feira”, disse o escritor em entrevista ao G1 pouco antes do evento.

Entre as palestras de maior destaque, o filósofo Clóvis de Barros lotou o Espaço Cultural da Urca para falar sobre a felicidade. O herdeiro da família imperial brasileira, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, fez declarações polêmicas sobre os índios e homossexuais durante a palestra no Flipoços. O procurador e coordenador da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF), Deltan Dallagnol, também fez no festival o lançamento do seu livro "A luta contra a corrupção: a Lava Jato e o futuro de um país marcado pela impunidade".

A organizadora do evento, Gisele Ferreira, afirmou que a edição deste ano superou não só as expectativas de público, mas também de negócios. “A programação foi intensa e pensada ainda mais para atender todos os públicos. Apesar das dificuldades financeiras para realizar a feira e o festival, felizmente, conseguimos colocar os dois eventos de pé. Graças a muitas parcerias, apoios e alguns patrocinadores, realizamos um dos mais emblemáticos festivais literários de toda nossa história.”

Gisele também destacou a presença da comitiva de escritores moçambicanos no Flipoços, que incentivou os planos para a próxima edição do evento. “[A presença de Moçambique] inaugura uma nova fase do festival: a valorização e inclusão da literatura de novos escritores dos países de língua portuguesa no Brasil. Para 2018, mais países de língua portuguesa serão apresentados aqui através do Flipoços, proporcionando a inclusão de escritores de alta qualidade literária, mas com pouca visibilidade em nosso país. Essa é um dos nossos objetivos.”

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