Valor Econômico - 10/02/2017
O livro digital surgiu como uma ameaça, mas acabou se mostrando um "inimigo" nem tão assustador quanto as editoras brasileiras imaginavam. Em quase uma década de vendas de livros e leitores eletrônicos, a fatia desse segmento não passou de 5% do mercado total.
Com um risco bem menor que o estimado anteriormente, as editoras acabaram por embarcar no modelo, colocando em versões digitais tanto títulos de catálogo, quanto lançamentos. A facilidade do mundo digital também tem estimulado autores a publicar livros apenas no formato digital.
A Saraiva e a Amazon oferecem essa opção. Na Amazon, dos 100 livros mais vendidos toda semana, 40 são publicados nesse formato. Entre títulos de editores e autores, a companhia diz ter 98 mil títulos digitais em português.
Quem quer ler livros nesse formato no país tem hoje quatro opções: tablets Android e o iPad; o Kindle, da Amazon; o Kobo, da Rakuten, que é vendido pela Livraria Cultura e o Lev, da Saraiva. Como a base é pequena, qualquer crescimento é significativo, o que acaba por ajudar nos números de um setor que, como muitos outros, tem sofrido os efeitos da recessão.
Segundo a Nielsen, o mercado de livros no Brasil encolheu 11% em volume, para 39,4 milhões de unidades e 3,1% em faturamento em 2016, para R$ 1,57 bilhão. A queda menos acentuada na receita pode ser explicada pelo aumento de 8,7% no preço médio (para R$ 39,77), que ajudou a compensar o menor interesse em comprar do consumidor.
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