Edelson Nagues (nome literário de Edelson Rodrigues Nascimento) é natural de Rondonópolis (MT) e radicado em Brasília (DF). Poeta, escritor, revisor de textos e servidor público. Estudou Direito e Filosofia, com pós-graduação em Língua Portuguesa. Tem vários trabalhos premiados e/ou selecionados para coletâneas de concursos nacionais, destacando-se: XXXIII Concurso “Fellipe d'Oliveira” – Santa Maria (RS), XXI Concurso Nacional de Contos “José Cândido de Carvalho” – Campos dos Goytacazes (RJ), IV Concurso Nacional de Contos do SESC/ Amazonas – Manaus (AM), Concurso Novo Milênio de Literatura – Vila Velha (ES), VI Desafio dos Escritores – Brasília (DF), Prêmio Literário “Teixeira de Sousa” – Cabo Frio (RJ), XL Concurso Literário “Escriba” – Piracicaba (SP) e II Concurso Literário “Rachel de Queiroz” – Brasília (DF), entre outros. Publicou também o livro de contos Humanos (Scortecci Editora).
Em Águas de Clausura, um navegar im/preciso pela precariedade da condição humana, com seus vieses e avessos. Na prisão do determinismo forjado por desvios e imposturas, o homem se debate, errante, contra as ondas da solidão e do medo, descobrindo-se algoz de si mesmo. Nas vagas da incompletude, ao se liquefazer, enfim – e entre tantos –, permeia os des/vãos das ideologias e vislumbra um trajeto possível entre o caos e o cais.
Quando o grosso da Poesia parece encontrar-se num limbo entre excessos surrealistas, concretismos com rachaduras aparentes e parnasianismos que estão mais para o artesanato que para a arte, é revigorante ler Águas de Clausura: Edelson Nagues navega com naturalidade pelo onírico sem tornar-se hermético, pelo gráfico sem permitir que a música poética dê lugar à mera tipografia, pela norma culta sem soar pedante. O leitor de Edelson encontra referências (que nem sei se voluntárias ou não) a Manoel de Barros, a João Cabral de Melo Neto, a Paulo Leminski, entre outros. Em comum com eles, o autor tem as valiosas e raras virtudes de unir a contemporaneidade ao intemporal; de fazer uso destro da língua (a ferramenta-por-excelência do poeta) sem eruditismos desnecessários; de usar ritmo e melodia com naturalidade e sem recorrer a artifícios primários. Águas de Clausura, a estreia poética de Edelson Nagues em livro, vem reforçar as fileiras da boa poesia brasileira.
Allan Vidigal - Escritor
Serviço:
Águas de Clausura
Edelson Nagues
Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-2622-2
Formato 12 x 18 cm
56 páginas
2ª edição - 2012
Edelson Nagues
Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-2622-2
Formato 12 x 18 cm
56 páginas
2ª edição - 2012