Fundação Dorina Nowill para Cegos fomenta a importância da alfabetização em Braille

Em 08 de abril é comemorado o Dia Nacional do Sistema Braille. A data marca o nascimento de José Álvares de Azevedo, o primeiro professor cego do Brasil. Em tempos em que se discute a aprendizagem no período de pandemia, a Fundação Dorina Nowill para Cegos alerta para a importância do método na vida das pessoas com deficiência visual: ainda hoje ele é o único sistema eficaz na alfabetização de crianças que nascem cegas ou que perdem a visão na primeira infância. 

Criado por Louis Braille, o sistema é uma forma de trabalhar o desenvolvimento cognitivo do estudante, além de possibilitar que as pessoas com deficiência visual tenham maior autonomia e inclusão na sociedade. A ferramenta de ensino, composta por 6 pontos em relevo combinados entre si, permite não apenas a representação de letras e números, mas também de operações matemáticas, fórmulas químicas, partituras musicais e representações de imagem. 

Há 75 anos, a Fundação Dorina Nowill para Cegos trabalha para contribuir com essa formação escolar ao incentivar a capacitação dos professores para ministrar as aulas, além de oferecer materiais acessíveis gratuitos às escolas e bibliotecas de todo Brasil. 

Criada em 1948, a Imprensa Braille da instituição é hoje o maior parque gráfico deste segmento na América Latina, com capacidade de impressão de 450 mil páginas por dia. 

Ao longo de 2021, a Fundação Dorina Nowill para Cegos pretende lançar novos livros em braille, de obras de diversos gêneros para incentivar a leitura. São elas: A flor de Lirolay e outros contos da América Latina, Entre quatro paredes, Ruth Rocha conta a Odisséia, Eugênia e os robôs, Marco queria dormir, Exercícios de ser criança, Hebe: a biografia, Uma vida no escuro, Meu quintal é maior do que o mundo, Na minha pele. 

" A verdadeira educação das crianças cegas só acontece quando elas podem dispor de livros em braille que contenham a representação dos símbolos de Matemática, Química, Física e outras ciências, a adaptação, em relevo, de tabelas, gráficos, mapas, figuras geométricas e outras ilustrações que lhes forneçam as mesmas informações oferecidas aos alunos videntes, além de lhes propiciar a oportunidade de fixar a ortografia da Língua Portuguesa e de outros idiomas", diz Regina Oliveira, coordenadora de revisão em Braille da Fundação Dorina Nowill para Cegos. 

Ainda neste ano, a instituição lançará o projeto "Saber Incluir", que oferece por meio de plataformas digitais de aprendizagem, a distribuição de conteúdo voltado à educação e práticas inclusivas. A ação tem como objetivo capacitar cerca de 480 educadores da rede pública do Estado de São Paulo, que poderão participar de 16 palestras e 10 videoaulas ao longo deste ano. Um dos conteúdos é sobre a alfabetização de crianças e adolescentes com deficiência visual e possibilita que esses profissionais realizem aulas de forma acessível aos estudantes cegos ou com baixa visão. Este projeto, inclusive, pode receber o apoio de contribuintes-solidários, com doação de porcentagem do tributo do imposto de renda. 

Sobre o Dia Nacional do Sistema Braille e José Álvares de Azevedo 

Nascido em 08 de abril de 1834, José Álvares de Azevedo veio ao mundo sem enxergar, mas nunca deixou o aprendizado de lado, pois aos 10 anos de idade, sua família o enviou para estudar no Instituto Real dos Jovens Cegos, em Paris. Foi durante esse momento que ele conheceu o Sistema Braille. Já aos 16 anos, passou a ensinar esse conteúdo, posteriormente tornando-se o primeiro professor especializado na alfabetização de pessoas cegas ou com baixa visão no Brasil. Em sua homenagem, a data de seu aniversário foi consagrada como o Dia Nacional do Sistema Braille, ação que marca sua contribuição educacional para o país. 

O Braille foi criado na França, em 1825, por Louis Braille, que perdeu a visão ainda quando criança, aos 03 anos. O sistema é composto por pontos em relevo, que em combinação representam diferentes letras e números. 

Sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos 

Celebrando 75 anos de existência, a Fundação Dorina Nowill para Cegos vem trabalhando para que crianças, jovens, adultos e idosos cegos ou com baixa visão sejam incluídos em diferentes cenários sociais. A instituição oferece serviços gratuitos e especializados de habilitação e reabilitação, dentre eles orientação e mobilidade e clínica de visão subnormal, além de programas de inclusão educacional e profissional. Responsável por um dos maiores parques gráficos de braille no mundo, com capacidade de impressão de até 450 mil páginas por dia, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é referência na produção e distribuição de materiais nos formatos acessíveis braille, áudio, impressão em fonte ampliada e digital acessível, incluindo o envio gratuito de livros para milhares de escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil. A instituição também oferece uma gama de serviços em acessibilidade, como cursos, capacitações customizadas, sites acessíveis, audiodescrição e consultorias especializadas. Contando com o apoio fundamental de colaboradores, conselheiros, parceiros, patrocinadores e voluntários, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é reconhecida e respeitada pela seriedade de um trabalho que atravessa décadas e busca conferir independência, autonomia e dignidade às pessoas com deficiência visual. Mais detalhes: http://www.fundacaodorina.org.br. 


Mais informações sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos para a imprensa: 

Advice Comunicação Corporativa 

Carolina Stefanini (carolina.stefanini@advicecc.com) - Tel: (11) 5102 5251 

Claudiney Sales (claudiney.sales@advicecc.com) - Tel: (11) 5102 5257 

Luana Rodriguez (luana.rodriguez@advicecc.com) - Tel: (11) 5102 5252 

Fernanda Dabori (fernanda.dabori@advicecc.com)