Livro retrata a curta, intensa e vitoriosa trajetória parlamentar de Audálio Dantas

Revista Fórum - 05-09-2019 |

Escrito por Antonio Barbosa Filho, a obra aborda uma face não tão conhecida do jornalista, que liderou a categoria na luta contra a ditadura militar

O jornalista e escritor Audálio Dantas se tornou conhecido nacionalmente em função de sua atuação na luta contra a ditadura militar. Após o assassinato do também jornalista Vladimir Herzog nos porões da ditadura, em outubro de 1975, Audálio, à época presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, foi presença marcante para ajudar a desmascarar o governo militar, que forjou o “suicídio” de Herzog.
Junto com sua diretoria e com Dom Paulo Evaristo Arns e o rabino Henri Sobel, ele foi um dos responsáveis pelo histórico Ato Ecumênico na Catedral da Sé, em memória de Herzog, episódio que abalou a ditadura militar. Mais tarde, Audálio seria eleito presidente da Federação Nacional dos Jornalistas.
Além de sua marcante participação como liderança sindical dos jornalistas, Audálio teve uma breve passagem pela política parlamentar, exercendo um mandato de deputado federal entre 1979 e 1983.
Todos os principais episódios relacionados à trajetória do jornalista como político estão registrados no livro “Audálio, deputado”, de Antonio Barbosa Filho. A obra mostra em detalhes a importância de sua atuação parlamentar em uma fase de transição democrática no país.

Convite

Convidado pelo então líder do MDB, Freitas Nobre, Audálio disputou uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições de novembro de 1978 e, apesar da total falta de recursos e de não ter nenhuma base partidária, se elegeu com mais de 50 mil votos.
Os quatro anos que passou na Câmara foram dedicados à defesa dos direitos humanos e dos trabalhadores, em um período no qual o Brasil tinha dezenas de presos políticos.
Audálio se envolveu em vários temas polêmicos, assim como estava fisicamente presente nas portas de fábricas do ABC paulista quando ocorreram as histórias greves de 1978, 79 e 80.
Nesse momento nascia um novo sindicalismo e também o PT, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva.

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