COMO A LEITURA PODE TRANSFORMAR OS ESPAÇOS?

Revista Trip - Camila Eiroa - 17/1/2019 |

Quando a gente pensa em biblioteca pública, a primeira imagem que vem à cabeça é a de um corredor escuro, com prateleiras de madeira e livros empoeirados. Certo? Errado! A verdade é que esse modelo ficou para trás. No Brasil já existem projetos que buscam cada dia mais incentivar a leitura e a união de pessoas em espaços pensados para que isso aconteça da melhor maneira.

A SP Leituras — Organização Social de Cultura é um grande exemplo disso. A organização é responsável pela biblioteca de São Paulo e pela Biblioteca Parque Villa-Lobos, ambas construídas na cidade de São Paulo, em espaços antes excluídos pela população, e que foram ocupados por um presídio e um lixão, respectivamente. Segundo Pierre André Ruprecht, diretor executivo da SP Leituras, para romper com essas barreiras é importante se questionar sobre qual é o papel das bibliotecas públicas contemporâneas.

"As pessoas precisam entrar na biblioteca e sentir que ela é um refúgio, um lugar para ficar, discutir e criar. A gente gosta de pensar que ali é um pouco sala de estar, um pouco cozinha, aquele lugar que a gente vai para preparar coisas", acredita o diretor. Para ele, a leitura oferece às pessoas a oportunidade de experienciar a diversidade; por isso as bibliotecas devem possibilitar o contato não só com a leitura, mas com outras pessoas.

"Estávamos discutindo com todas as bibliotecas públicas qual seria o nosso papel. Disso surgiram a Biblioteca de São Paulo e a Biblioteca Parque Villa-Lobos, para funcionarem como dois campos de experiência. Elas são verdadeiros playgrounds da cultura e da leitura. São lugares para as pessoas se sentirem bem, com liberdade", conta Pierre.

Ler Mais: Revista Trip