Audiobooks narram histórias 'ao pé do ouvido' e ganham potencial na era digital - Mercado de livros em áudio não é novo no mundo, mas está dando os primeiros passos no Brasil

A Tribuna - Vinicius Holanda - 16/12/2018 |

Foi-se o tempo em que o livro era um objeto feito apenas para ser folheado. Agora, o leitor tem a possibilidade de ouvir suas obras preferidas em alto e bom som. Diferentemente dos e-books, cujo conteúdo textual é adaptado para dispositivos da internet, os audiolivros (audiobooks) possibilitam ao usuário ouvir a história de uma publicação tradicional via aplicativo em smartphones. Em outras palavras: onde e quando quiser.

O sistema é semelhante ao da Netflix, provedora de filmes e séries por streaming. O assinante paga uma mensalidade fixa e tem acesso a todo o catálogo de livros em áudio disponibilizado pela empresa. Ele pode utilizar o serviço a qualquer momento, sem limites, intercalando o número de títulos que pretender.

Em meio ao encolhimento sofrido por grandes redes do mercado editorial - como Fnac e Saraiva -, os audiolivros são vistos como um nicho do setor com amplo caminho para crescer. O formato não é exatamente novo: os livros narrados já existem no Brasil há tempos. Quem não se lembra da coleção de CDs em que o apresentador Cid Moreira declamava trechos da Bíblia?

A vantagem dos tempos digitais é que o novo formato dispensa as mídias físicas, como CDs, fitas cassetes ou disquetes de computador - que, na prática, esbarram nas mesmas limitações do livro de papel. Nas plataformas de streaming, o usuário pode não apenas ter a versão digitalizada da obra (e-book) em seu celular, como carregar a narração do título no aparelho.

Em um exemplo básico dos tempos atuais: se estiver disposta, a pessoa pode ler o livro físico em casa, acessá-lo no computador ou smartphone durante o trabalho e, ainda, ouvir seu enredo no carro após o expediente. Simples assim.

Se já saíram do berço há muito tempo nos mercados americano e europeu, os audiolivros estão começando a dar os primeiros passos em solo brasileiro. As duas principais startups do filão, Ubook e Tocalivros, chegaram ao mercado há quatro anos, baseadas nos modelos de sucesso observados no exterior.

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