THIAGO DE MELLO É A PERSONALIDADE LITERÁRIA DO PRÊMIO JABUTI 2018

CBL - 03/10/2018 |

O POETA DA FLORESTA RECEBERÁ A HOMENAGEM NA CERIMÔNIA QUE ACONTECE DIA 8 DE NOVEMBRO, NO AUDITÓRIO IBIRAPUERA

A 60ª edição do Prêmio Jabuti reverencia o poeta amazonense Thiago Mello com o prêmio “Personalidade Literária”, em reconhecimento ao conjunto de sua obra, referência da literatura regional do Brasil, conhecida internacionalmente e traduzida para mais de 30 idiomas. A cerimônia de premiação será realizada em 8 de novembro, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, quando serão conhecidos os vencedores das 18 categorias bem como o ganhador do Livro do Ano do Prêmio Jabuti 2018.

Aos 92 anos, o Poeta da Floresta será mais uma vez enaltecido pela grande contribuição à literatura brasileira. “Thiago de Mello é um poeta de valor inigualável. Partiu do Amazonas e ganhou o mundo. Ainda jovem, representou o Brasil em outros países da América Latina, tornou-se amigo de poetas seculares, conviveu com a ditadura, voltou para o Brasil, sem nunca deixar de se preocupar com o outro, com a Amazônia, com a política. O Prêmio Jabuti e a Câmara Brasileira do Livro sentem-se honrados em homenagear este generoso e grandioso poeta com ‘Personalidade Literária’, diz Luis Antonio Torelli, presidente da CBL.

Thiago de Mello nasceu no município de Barreirinha, no Amazonas. Ainda criança, mudou-se com a família para Manaus, indo depois para o Rio de Janeiro estudar Medicina, profissão que abandonou para seguir seu destino de poeta. Do Rio de Janeiro para o mundo. Thiago foi adido cultural na Bolívia e no Chile, exilado político na América Latina e na Europa. Voltou ao Brasil com a abertura política e foi morar no Amazonas, de onde continua a escrever.

Amigo de Pablo Neruda, do arquiteto Lucio Costa, de Carlos Drummond de Andrade e de outras figuras públicas conhecidas, o poeta amazonense é ligado a questões ambientais, políticas e humanitárias. É autor de “Os Estatutos do Homem”, poesia que fala da esperança, da fé e dos valores humanos; de “Faz Escuro Mas Eu Canto”, livro de poemas que, treze anos após sua criação, foi transformado em show com direção de Flávio Rangel e apresentado em mais de 10 capitais brasileiras e, posteriormente, adaptado para uma peça sinfônica pelo maestro Claudio Santoro. Outros poemas do autor são: “Narciso Cego”; “A Canção do Amor Armado”; “Horóscopo para os que Estão Vivos”; “Num Campo de Margaridas”, entre outros.

Na prosa, o autor discorre sobre temas variados, como “A Estrela da Manhã, Estudo de um poema de Manuel Bandeira”, “A Arte e Ciência de Empinar Papagaio”, “Notícia da Visitação que fiz no Verão de 1953 ao Rio Amazonas e seus barrancos”, entre outros.

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