Bibliotecas da Grande Tijuca investem em acervo e atividades variadas

O Globo - 15/03/2018 |

Em 1984, cantavam os Paralamas do Sucesso: “Os livros na estante já não têm mais tanta importância”. Entoada em 2018, a primeira frase de “Mensagem de amor” reflete um dilema comum em tempos de velozes mídias socias e smartphones. Mas há lugares que tentam conciliar na mesma página a modernidade e os livros na estante. Afinal, nas bibliotecas públicas, eles ainda têm importância. Mas para manter a atenção do público e renová-lo é preciso adotar outros ritmos: mais do que espaços de leitura e de estudo, elas vêm abrigando atividades variadas, como oficinas e trocas de livros.

Dos volumes didáticos às biografias, passando por exemplares das literaturas brasileira e estrangeira, são ricos os acervos das unidades mantidas pela prefeitura na região: a Biblioteca Popular da Tijuca Marques Rebelo, a Biblioteca Popular do Rio Comprido Annita Porto Martins (ambas da Secretaria municipal de Cultura) e a Biblioteca Escolar Municipal do Grajaú Clarice Lispector (que pertence à Secretaria de Educação).

Em funcionamento desde 1979, a Marques Rebelo, na Rua Guapeni 61, conta com 16 mil itens, entre livros, revistas e jornais. Oferece acesso gratuito à internet (uma hora por dia, agendada) e wi-fi ilimitado. Diariamente, o espaço realiza troca-troca de livros, por meio do qual os frequentadores podem entregar um exemplar e pegar outro (no máximo dois) e, às quartas, é realizada uma oficina de recreação da memória. Outra atividade da programação é a exposição: mensalmente é escolhido um tema e são reunidas obras sobre ele. Em março foi feita uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher. É realizado também o “Libertação de livros”, projeto que consiste em doações comunitárias. Os livros que não têm perfil da unidade ou que já existem no acervo são oferecidos a quem desejar. O único compromisso é passar adiante.

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