Estadão - Bia Reis e Cristiane Rogerio - 08/10/2017 |
SÃO PAULO - Nina Brondi de Andrade Zinsly, de 34 anos, é professora de leitura no Colégio Santo Américo, na zona sul de São Paulo. Na biblioteca da escola, vive cercada de livros e recebe diariamente visitas especiais: crianças de 1 a 7 anos ávidas por ler. Cada uma lê de um jeito e, para atraí-las, Nina precisou ao longo do tempo reinventar as estratégias.
“Fui percebendo que o vínculo com o livro tinha a ver com quem apresentava e como apresentava. Só deixá-lo disponível na sala era pouco. Hoje faço o que chamo de indicação literária: conto um pouco da história e não revelo o final, para eles ficarem com ‘gostinho de quero mais’ e levarem a obra”, diz Nina.
Parece simples, mas o trabalho não era somente uma relação professor/adulto e aluno/criança. Na dinâmica da atividade, a volta do livro emprestado rendia as indicações dos pequenos leitores, do jeito possível de comunicação de cada um. “Eles podem mostrar uma ilustração que mais gostaram ou até contar como e com quem leram em casa”, afirma Nina, revelando que qualquer memória criada com a prática de leitura fortalece a ligação com o livro.
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