G1 - Cauê Muraro - 03/08/2017 |
Após um 2016 que esteve mais para história de terror do que para contos de fada, o mercado de livros do Brasil começa a dar sinais de recuperação.
O setor fechou o primeiro semestre de 2017 com dados positivos tanto em faturamento (alta de 6,59% com relação ao ano anterior; ou cerca de 3%, levando-se em conta a inflação do período) quanto em volume de vendas (alta de 5,47%). Mas o um crescimento é discreto.
Nos primeiros seis meses de 2017, foram R$ 931,6 milhões – contra R$ 873,9 milhões no ano passado. Já o número de exemplares vendidos cresceu de 20,9 milhões para 22 milhões.
Os números estão na edição mais recente do Painel das Vendas de Livros no Brasil, divulgado nesta quinta-feira (3).
Divulgado mês a mês e agora com o balanço do semestre, o estudo é feito pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e pela Nielsen. A pesquisa baseia-se no resultado da Nielsen BookScan Brasil, que verifica as vendas em livrarias, supermercados e bancas.
Vale registrar que 2016 foi considerado um ano bastante difícil para o setor. Além da crise econômica, faltou um fenômeno editorial.
A avaliação é que o resultado "reverte parcialmente as perdas" do ano passado. "Acredito que a estabilidade da economia, a interrupção do aumento do desemprego e a queda da inflação, impactaram positivamente as vendas em geral".
Pereira cita ainda que os primeiros três meses registraram a maior parcela do crescimento, atribuindo o aumento aos "resultados positivos no volta às aulas e promoções no Dia da Mulher".
"Os números de 2017 também são relevantes por não estarem vinculados à nenhum fenômeno específico", afirma ele, citando que "algumas promoções das principais redes de livrarias 'puxaram' as vendas para cima".
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