O Globo - Ricardo Falzetta - 25/07/2017 |
Para milhares de crianças, o livro didático é o primeiro contato com o universo do livro. Para outros milhares, durante muitos anos, ele seguirá como único suporte de conhecimento cultural, científico e literário, uma vez que muitas não têm e não terão acesso a bens culturais. Sendo assim, os livros do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), distribuídos nas escolas públicas brasileiras, requerem um cuidado todo especial e colaborativo.
O PNLD é a política pública do Ministério da Educação (MEC) responsável pela seleção, compra e distribuição de material didático, o que inclui os livros de literatura, os dicionários e outros suportes para a prática educativa, destinados a escolas públicas e filantrópicas de todo Brasil.
Hoje, o programa abrange os Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental, o Ensino Médio e a Educação de Jovens e Adultos (EJA), realizando a compra de livros a cada três anos para todas as disciplinas, com exceção de Educação Física. O PNLD contempla obras consumíveis e reutilizáveis. No caso destas últimas, os alunos devem devolvê-las às escolas, de maneira que os colegas dos próximos anos possam reutilizá-las.
O investimento e a evolução desse programa ao longo das décadas indicam sua centralidade para uma Educação de qualidade. Um dos exemplos da melhoria dessa política foi a recente expansão de suportes acrescidos ao catálogo. Para se adequar às mudanças tecnológicas e sociais, o PNLD passou a incluir o Manual do Professor Multimídia, voltado a conteúdos digitais.
Para 2019, o programa trará mais mudanças. O MEC acaba de publicar uma portaria que altera as normas do PNLD. A Educação Infantil e a Educação Física serão incluídas e os ciclos de compra passarão a ser de 4 anos, o que significa que as obras reutilizáveis deverão ser devolvidas à instituição de ensino por três vezes. O ministério também explicitou a inclusão de softwares, reconhecendo, assim, as necessidades contemporâneas dos alunos.
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