OLHOS DE LÁZZULI, de Paulo Vitor Vasconcellos / Papeando Livros

Papeando Livros - Jacqueline Vasconcelos |

Lázzuli é uma garotinha que sempre foi bastante próxima do seu avô Guido e agora após três anos do falecimento do avô, está tendo que lidar com a saudade constante, com seu pai querendo vender a antiga casa de Guido e também com os mistérios que cercam essa família. Yan, seu pai também está vendo sua vida se transformar, mas não sabe bem o porque já que boa parte dos mistérios foram esquecidos por ele conforme foi crescendo e perdendo aquela visão pura e fantasiosa da vida. Então com toda esta trama, muito bem elaborada, temos o desaparecimento de Lázzuli, que está correndo um grande perigo em um mundo onde podemos encontrar: duendes, fadas, ogros, elfos, bruxos e outras criaturas fantásticas. Yan então terá que mergulhar em uma viagem de volta a infância e recordar antigos segredos.

O livro já na primeira página, tem um ar acolhedor e vai nos envolvendo de forma natural. A leitura é muito agradável, flui bem e cada página lida, surge em nós aquela ansiedade misturada com ansiedade de conhecer logo a história e os antigos acontecimentos de acordo com os diálogos. A personagem Lázzuli representa muito bem uma menina pura, gentil, amável e nos cativa tanto que me peguei diversas vezes roendo as unhas conforme a menina trilhava sua jornada.

Encontramos também uma critica no livro que enfatiza muito bem que; uma criança não deve ser nada além de uma criança, que tenha momentos para brincar,  que possa desfrutar da imaginação e ter apoio da família ao invés de se jogar no mundo digital, perdendo o olhar infantil e crescer rápido demais.  O autor tem características muito fortes na escrita nos mostrando bem seu ponto de vista, o que a história propõe e sempre expondo tudo de forma clara e de fácil entendimento, nos deixando com nostalgia e nos fazendo pensar.   É uma história linda, que cativa com cenas emocionantes onde encontramos bastante aventura e magia, retratando sempre a força do amor, o poder da família, a importância de ser criança e a coragem de acreditar no que quiser sem se importar com julgamento dos outros.

Ler Mais: Papeando Livros