Saudades e cinzas foi o que restou nos proporciona uma prosa leve, elegante e bem cuidada. O livro nos carrega para longe daqui aqui mesmo, para a Vitória dos anos dourados, no final da década de 50, e nos convida a conhecer a jovem Bartira, uma encantadora adolescente. Acompanhando sua trajetória e convivendo com ela, vamos (re)conhecendo uma Vitória que infelizmente já não existe, uma cidade-ilha pacata, segura, tradicional, saudável, serena. Entramos no clima dessa Vitória ainda distante da televisão e das outras modernidades, embalada (ela) e embalados (nós) pela beleza do que havia de melhor na nova MPB. A maneira como tudo isso é retratado desperta saudades até em quem não viveu essa época, porém é certo que muitos leitores, talvez as leitoras em especial, vão se identificar com várias situações ou episódios dessa trama singela mas intensa que avança no tempo até a atualidade. Provavelmente nostálgicas e agradáveis recordações virão à tona durante a leitura: os recantos, os hábitos, as festas daquele tempo... Vale a pena conferir!
Maria Luiza de Barros Faria
... Um casal separado inesperadamente no período da ditadura militar no Brasil.
...Vidas destruídas. ... Reencontro trinta anos depois, em Paris.
R. M. Angelo Felipe, pseudônimo de Rosângela Maria Angelo Felipe, formou-se em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Espírito Santo, em 1981. Posteriormente frequentou as disciplinas correlatas às literaturas portuguesa e brasileira na mesma instituição, como aluna especial, no ano de 2003. É autora de dois romances: Saudades e cinzas foi o que restou e Os pergaminhos de Éfeso, ambos em segunda edição, publicados pela Scortecci Editora.
Serviço:
Saudades e Cinzas Foi o Que Restou
R. M. Angelo Felipe
Scortecci Editora
Ficção
ISBN 978-85-366-5623-6
Formato 14 x 21 cm
244 páginas
1ª edição - 2018
Preço: R$ 28,00