CLAUDIO MARTINS BURRO

Prezado  leitor, Não me considero um escritor, apenas um ensaísta. Considero-me sim um amante das letras, das palavras, da literatura, e um neófito de tais modalidades. Quando iniciei este trabalho, pretendia compor um romance, mas depois senti tanta dificuldade que lembrei o que disseram Ariano Suassuna e Gabriel García Márquez, ou seja, “que o novo autor escreva segundo o que ama e acredita conhecer”; então voltei atrás e escrevi um conto, uma ficção, segundo a minha formação não religiosa, mas ecumênica, com base no conceito, estudo e prática da reencarnação, compostos pela filosofia, ciência e religião, alicerçados em quatro fatores fundamentais, ação, reação, reparação  e  usufruto. Confesso que ainda tenho buscas dentro de mim, que me fizeram e permitiram elaborar este trabalho; dessa forma, quem sabe, um dia, na busca, eu me torne um ser ético e moral, logo, integral, então não precisarei mais buscar. O que escrevi, eu procurei fazer de forma simples, como deveria ser a vida, para que até mesmo uma criança possa entender, com a ideia de deixar aos filhos e netos um pequeno legado vivenciado pelo pai e vovô “Caudio”, segundo o meu netinho João Pedro. Vale a pena viver? Sim, apesar de. Esta mensagem, eu também procurei deixar clara ao longo do texto e principalmente em seu final, quando ocorrem, quero crer, a redenção e o encontro do protagonista “principal” consigo mesmo. Não podemos esquecer que o ser humano somos nós, assim, trago lição e ensinamento de Voltaire, que nos fala sobre o maior pecado por nós praticado, o da ingratidão, e refere-se ao rei Luís XIV, que teria dito: “Cada vez que eu dou um posto vago, faço cem descontentes e um ingrato. Isso nos leva ao arrependimento do que foi feito”. Em resumo, são minhas verdades com “v” minúsculo, uma vez que a Verdade que serve para todos nós é a do Cristo, na cruz: “Pai, em Tuas mãos deposito meu Espírito”.


O MENINO DO HYDE PARK / Claudio Martins Burro 

O livro relata a história de Miharbi, de ascendência árabe, que cresce e se educa na Inglaterra. Acompanhamos sua juventude, seus estudos de medicina, seus encontros e desencontros afetivos, sua admiração pelos Beatles e pelo poeta e místico hindu, R. Tagore; suas práticas de viagens astrais e sua crença em reencarnação. O verdadeiro conteúdo do livro é a velha questão da vida individual plenamente realizada. Ao invés de escrever um ensaio sobre o tema, o autor preferiu tratá-la artisticamente com eventos que fazem parte da vida de todos nós.

Que fazer com o inevitável sofrimento de diversas situações, como fazer para realizar os talentos que trouxemos ao mundo? As religiões e diversas correntes filosóficas trataram do assunto que parece inesgotável. O assunto não é tratado na forma da autoajuda, muito popular em nosso tempo e cuja superficialidade é patente. Mais do que nunca o tempo atual pede paciência, compreensão, pede para cultivarmos o sentimento de transcendência ou, em outras palavras, percebermos a transitoriedade de tudo. Este livro coloca ênfase na questão espiritual, pois a mentalidade do tempo presente realça a ciência e a tecnologia como solução para nossos problemas, o que é um engano.

“Mais do que nunca o tempo atual pede paciência, compreensão, pede para cultivarmos o sentimento de transcendência ou, em outras palavras, percebermos a transitoriedade de tudo. Este livro ajuda um bocado ao colocar ênfase na questão espiritual, pois a mentalidade do tempo presente realça a ciência e a tecnologia como solução para nossos problemas, o que é um engano.”

Rui Sá Silva Barros - Editor e historiador


Serviço:
O Menino do Hyde Park
Claudio Martins Burro

Scortecci Editora
Ficção
ISBN 978-85-366-5079-1
Formato 14 x 21 cm
144 páginas
1ª edição - 2017