Varejo de livros volta a crescer

Publishnews - 12/09/2018 |

Entre os dias 16 de julho e 12 de agosto, o faturamento com a venda de livros em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento cresceu 8,47% na comparação com igual período de 2017. Saltou de R$ 123.247.037,66 para R$ 133.684.745,22. Em volume, o crescimento foi de 11,45%, saindo de 3 milhões de exemplares vendidos em 2017 para 3,4 milhões agora. Com isso, o varejo de livros volta a crescer acima da inflação, como vinha desempenhando desde fevereiro do ano passado e até o fim de maio passado, quando sentiu os efeitos da greve dos caminhoneiros e da Copa do Mundo.

De acordo com a Nielsen, que realiza junto com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) o Painel das Vendas de Livros no Brasil – de onde foram retirados estes dados –, esse crescimento tem a ver com eventos sazonais do período, como Dia dos Pais, as campanhas de volta às aulas do segundo semestre e ainda a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que aconteceu entre os dias 3 e 12 de agosto. Comparando apenas a semana que compreende o Dia dos Pais e a Bienal do Livro SP com a média de vendas das três semanas anteriores aos eventos, verificou-se um incremento de 24% em volume e de 20% em faturamento. "É bem verdade que, excepcionalmente neste ano, a Bienal de São Paulo não teve a presença de um grande varejista, mas podemos inferir que a presença do assunto na mídia pode ter ajudado as livrarias a venderem mais”, comentou Ismael Borges, gestor do Bookscan, ferramenta da Nielsen que monitora o varejo de livros no Brasil.

Mas a força veio mesmo dos CTPs e dos didáticos, como explica o próprio Ismael: “Os gêneros voltados para o público universitário com foco em Engenharia, Direito e Saúde tiveram a maior média de crescimento em comparação ao período anterior. Quando confrontamos com os dados do ano passado, os CTPs e didáticos tomam maior espaço, crescendo acima da média. Ficção, por outro lado, foi o gênero menos expressivo em vendas nessa época”.

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