Bienal evoca 'resistência literária' contra queda de 20% na venda de livros no país

G1 - Carlos Brito - 31/08/2017 |

A 18ª edição da Bienal do Livro do Rio teve início evocando sentimentos de "resistência literária". Não foi por acaso: levantamento feito pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) mostra que, entre 2014 e 2016, houve uma queda de 20% no número total de livros vendidos no País.

"Em 2014, vendíamos, em média, 2,75 milhões de livros por ano. Em 2016, verificamos que esse número caiu para 2,25 milhões. Isso coloca o Brasil nas ultimas posições no ranking de livros consumidos em países da América Latina. Sobretudo se compararmos o desempenho nacional com nações como Argentina, Chile e México", avaliou o presidente do Snel, Marcos da Veiga Pereira.

Apesar do cenário, ele se manteve positivo quanto à influência da Bienal na venda de livros no Brasil.

"É uma questão de resistência pelos livros. Eventos como a Bienal são fundamentais para reforçar o hábito da leitura", disse Veiga, lembrando que o SNEL lançou, nesta quinta-feira a campanha "Leia. Seja.", de estímulo à leitura.

Enquanto a Bienal era inaugurada dentro de um dos escritórios do Riocentro, era possível ver funcionários cuidando dos últimos preparativos de cada estande antes da abertura para o público – empilhamento de livros, correção de posicionamento de estantes e até abraço coletivo entre organizadores podiam ser vistos nos corredores do centro de eventos – sobretudo próximo aos espaços temáticos da feira.

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