A cada Bienal, autores-sensação arrastam número maior de fãs

O Globo - Fernando Lemos - 31/08/2017 |

Em 2015, cerca de dois mil adolescentes se acotovelavam ansiosos em frente ao Palco Maracanã do Riocentro à espera da youtuber, atriz e, é claro, escritora Kéfera Buchmann, de 24 anos, que lançava seu primeiro livro, “Muito mais que 5inco minutos”, na 17ª Bienal. Ela, que volta nesta edição para lançar “Querido dane-se” (Paralela), sua primeira ficção, subiu ao palco visivelmente emocionada.

— Cheguei chorando mesmo! Estava com a câmera na mão, porque ia fazer um vídeo para o meu canal, e não acreditava naquela imagem, no que estava acontecendo… Por ser um evento literário, não necessariamente do meu ramo, não imaginei que fosse ter tanta gente. Me tremi inteira. Ficamos até umas 22h, acabaram as senhas… Mas continuei autografando livro, tirando fotos. Eu me lembro de abraçar as pessoas, muito agradecida por elas terem ido lá — conta.

A cada edição do evento, alguns autores ficam marcados por arrastar números cada vez maiores de fãs. Além da youtuber, neste ano quem tem potencial de ser sensação é a atriz e cantora paranaense Larissa Manoela, de 16 anos, que autografa “O mundo de Larissa Manoela” (Harpercollins), seu segundo livro. Isso porque, segundo ela, seu maior numero de fãs está no Rio de Janeiro.

— Lancei meu livro num shopping do Rio, e quatro mil pessoas apareceram para pegar senha. Algumas madrugaram para guardar lugar. Fiquei bastante surpresa, porque vemos gente acampando para shows, mas para livro é algo novo. Fiquei muito feliz, mas é uma doideira!

Nas últimas edições, a Bienal vem se adaptando para dar conta da explosão de celebridades.

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