Festival Literário de Natal tem primeiras definições

G1 - 30/06/2017 |

O Festival Literário de Natal já está consolidado entre os eventos literários mais importantes do Brasil. A impressão é do jornalista, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, Zuenir Ventura, que será um dos homenageados do Flin 2017. Ele já participou de edições anteriores do festival e é uma espécie de consultor informal do evento junto com o também jornalista Woden Madruga. “Zuenir é um dos grandes incentivadores do evento desde que se chamava Encontro Natalense de Escritores, tendo colaborado conosco tanto na definição de mesas como nos contatos com escritores de renome nacional e, se hoje podemos dizer que o Flin está consolidado, muito se deve a esse apoio de Zuenir, pelo seu relacionamento”, afirma o prefeito Carlos Eduardo, que esteve semana passada com o escritor já para tratar do Flin 2017, que acontece na segunda quinzena de novembro, dentro da programação do Natal em Natal.

Já ficou acertada também que a mesa em homenagem a Zuenir Ventura será composta também pelos jornalistas Edney Silvestre (também escritor, vencedor do prêmio Jabuti e apresentador do programa Globonews Literatura), e Mauro Ventura, da editora Objetiva e colunista do jornal O Globo.

Carlos Eduardo viajou ao Rio de Janeiro e a São Paulo ao lado dos secretários municipais de Cultura, Dácio Galvão, e de Comunicação Social, Heverton de Freitas, para fechar alguns contatos e ter as primeiras definições sobre nomes de participantes e temas de mesas que serão compostas no Flin. “Esses contatos apontam para uma unidade temática que vai transitar entre a memória e a ficção, considerando que as narrativas que serão abordadas no festival terão o foco no legado de Ariano Suassuna, de Henfil e para o momento lítero-criativo de Ruy Castro”, revela Dácio.

Além do encontro com Zuenir Ventura, também foram mantidos contatos com o jornalista e escritor Ruy Castro, que irá participar junto com a escritora Heloísa Seixas de uma mesa sobre a diferença entre biografia e memória, e também deverá fazer parte em outro dia de uma conferência sobre o processo criativo da crônica.

Ruy Castro é biógrafo de personagens como Garrincha, Carmem Miranda e Nelson Rodrigues, três grandes sucessos no mercado editorial, mas também é cronista na Folha de São Paulo e atualmente escreve um livro sobre o Rio de Janeiro dos anos 20 nos diversos aspectos da vida da cidade. Além disso, está participando de um projeto para o Canal Brasil em que serão exibidos 10 programas produzidos tendo como base o livro dele “A Noite do Meu Bem”, com histórias sobre o Samba Canção, e outra série de programas para a rádio MEC em que são tratados temas sobre a Bossa Nova, tema do livro “A Onda que Se Ergueu no Mar”.

O Festival Literário de Natal também tem um diálogo com outras manifestações artísticas, em especial a música. Este ano, o multiartista Antonio Nóbrega irá fazer uma aula-espetáculo com o nome de “Recital para Ariano”, que este ano completaria 90 anos. O cantor Tom Zé é outro com presença garantida — virá para tratar sobre o movimento da Tropicália, lançado há 50 anos.

Outros convidados confirmados para debaterem sobre Henfil são os cartunistas Jaguar, Chico Caruso e Nani, todos com relação profissional e pessoal com Henfil, que durante alguns anos morou em Natal e foi grande amigo do jornalista Woden Madruga.

Para o prefeito Carlos Eduardo, o Festival Literário de Natal é o grande momento da efervescência cultural da cidade e se consolidou como polo de difusão do livro e da leitura na cidade, a partir da ampliação da sua programação para além das mesas e debates. “O Flin transforma a cidade na capital cultural do Brasil, abre espaço para editores e livreiros e movimenta a economia criativa da cidade com o incentivo à leitura, que sempre foi e ainda será a melhor forma de apreensão e compreensão do que acontece no mundo”, diz ele.
O jornalista Woden Madruga classifica o Flin como o acontecimento cultural mais importante da cidade. “É a oportunidade da cidade conviver durante alguns dias com alguns dos escritores mais importantes do país, possibilitando uma troca de experiências importante, e a participação de alunos da rede escolar abre o caminho para que as crianças e os jovens possam conhecer escritores do Rio Grande do Norte e de outros Estados, com nomes de destaque na literatura brasileira, justamente no momento em que estão tomando contato com a leitura”, aponta o jornalista.

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